Agentes em greve correm para conter confusão em presídio de Bangu

Cerca de 30 agentes que estavam do lado de fora do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste correram para o interior do complexo para conter uma confusão entre cerca de 80 presidiários; de acordo com os agentes, a confusão ocorreu no presídio Esmeraldino Bandeira, que tem cerca de 2.500 presos; a unidade priosional informouque a confusão foi provocada durante um deslocamento de presos na unidade; seis internos foram levemente feridos, segundo agentes penitenciários

Cerca de 30 agentes que estavam do lado de fora do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste correram para o interior do complexo para conter uma confusão entre cerca de 80 presidiários; de acordo com os agentes, a confusão ocorreu no presídio Esmeraldino Bandeira, que tem cerca de 2.500 presos; a unidade priosional informouque a confusão foi provocada durante um deslocamento de presos na unidade; seis internos foram levemente feridos, segundo agentes penitenciários
Cerca de 30 agentes que estavam do lado de fora do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste correram para o interior do complexo para conter uma confusão entre cerca de 80 presidiários; de acordo com os agentes, a confusão ocorreu no presídio Esmeraldino Bandeira, que tem cerca de 2.500 presos; a unidade priosional informouque a confusão foi provocada durante um deslocamento de presos na unidade; seis internos foram levemente feridos, segundo agentes penitenciários (Foto: Leonardo Lucena)


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Rio 247 - Cerca de 30 agentes que estavam do lado de fora do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste, na manhã desta quarta-feira (18), correram para o interior do complexo para conter uma confusão entre cerca de 80 presidiários. De acordo com os agentes, a confusão ocorreu no presídio Esmeraldino Bandeira, que tem cerca de 2.500 presos. De acordo com a unidade priosinal, a confusão foi provocada durante um deslocamento de presos na unidade.

"Como o clima tá tenso, e todos os agentes estavam aqui, pediram nossa ajuda", conta um agente. "Não só o Esmeraldino Bandeira, como outras unidades vão acabar estourando se o governo não atender nossas reivindicações. Essa é a tendência", disse outro agente. Os relatos foram publicados no G1.

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"Nossas reivindicações são muito mais amplas. Nós temos ainda o 13º, que é salário, e temos questões muito importantes, que é o fornecimento de água e coletes balísticos para a categoria, porque os coletes estão vencidos. Os colegas do SOE saem para fazer escolta com colete vencido. Temos uma série de decisões que vamos tomar segunda-feira porque o movimento deflagrado vai até segunda", Gutembergue de Oliveira, presidente do sindicato que representa a categoria.

Seis internos foram levemente feridos, segundo agentes penitenciários. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) não confirma a informação. "Eles [preso] saíram no tapa (...) Poucos feridos, com lesões muito pequenas. Cerca de meia dúvida [de feridos]. Teve intervenção rápida de um grupamento que nós temos que é especialista em controle de distúrbio", disse Gutemberg de Oliveira, presidente do sindicato dos agentes penitenciários.
 
Sistema prisional em crise

A confusão acontece em um contexto no qual as deficiências voltaram a ganhar destaque na imprensa nacional após a morte a rebelião em Manaus, no último dia 2 - a rebelião começou no dia anterior - e em Roraima (33) no dia 7.

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Nesse sábado (14), 26 detentos morreram na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, após o início de uma rebelião que terminou no domingo (15). Apenas um dia depois, nesta segunda (16), o presídio registrou um novo motim e detentos foram vistos ocupando o telhado do presídio (veja aqui). 

Também no domingo (15), dois detentos morreram  e 28 fugiram do Complexo Penitenciário de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. Em Pernambuco, o governo apura como quatro presos fugiram de uma penitenciária de segurança máxima, em Tacaimbó, no agreste pernambucano. Todos eles foram recapturados.

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No último dia 12, dois homens foram mortos na Penitenciária de Regime Fechado em Tupi Paulista, no interior paulista. Um deles foi degolado, segundo informações da Delegacia Seccional da cidade de Dracena. No mesmo dia, dois reeducandos que estavam detidos na Casa de Custódia, o Cadeião, em Maceió, foram mortos. Os corpos apresentam várias perfurações.

No último dia 4, dois presos foram mortos na Penitenciária Padrão Romero Nóbrega, em Patos, Sertão da Paraíba.

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ONG internacional critica o Brasil

No último dia 12, um Relatório Mundial 2017 da Human Rights Watch (HRW), que analisa práticas na área de direitos humanos em mais 90 países chamou a atenção para os assassinatos praticados por policiais (execuções extrajudiciais), dos presídios superlotados e de maus-tratos, inclusive tortura, contra presos no Brasil.

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No documento, com 687 páginas a ONG cita melhorias no País no campo dos direitos humanos, como a expansão das audiências de custódia, que aceleram as decisões judiciais para presos em flagrante, mas faz muitas críticas à condução das áreas de segurança pública e sistema penitenciário, entre outras.

No relatório são destacados o aumento de 85% na população carcerária de 2004 a 2014, chegando a mais de 622.200 pessoas, capacidade superada em 67% no sistema prisional e o déficit de agentes penitenciários. A morte de 99 presos nos presídios dos estados do Amazonas, Roraima e Paraíba este mês entrou no documento.

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A rebelião que provocou a morta de quase 60 detentos em Manaus, por exemplo, foi a segunda maior chacina do sistema carcerário brasileiro, provocada por uma briga entre facções criminosas. A primeira aconteceu em 1992, na Casa de Detenção de São Paulo, onde 111 detentos foram assinados após o início de uma rebelião e o consequente confronto com a Polícia Militar.

 

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