Sem previsão de volta às aulas, Uerj enfrenta incertezas

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UeRJ) ainda vive o pesadelo de 2016, ano em que o governo decretou estado de calamidade financeira, em junho do ano passado; o forte indicativo da crise é a situação da UeRJ, que passou por uma greve de cinco meses e meio, entre março e agosto; o primeiro semestre letivo terminou apenas alguns dias antes do Natal; o início do segundo foi adiado pela quinta vez no dia 13 de fevereiro, com data indeterminada

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UeRJ) ainda vive o pesadelo de 2016, ano em que o governo decretou estado de calamidade financeira, em junho do ano passado; o forte indicativo da crise é a situação da UeRJ, que passou por uma greve de cinco meses e meio, entre março e agosto; o primeiro semestre letivo terminou apenas alguns dias antes do Natal; o início do segundo foi adiado pela quinta vez no dia 13 de fevereiro, com data indeterminada
A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UeRJ) ainda vive o pesadelo de 2016, ano em que o governo decretou estado de calamidade financeira, em junho do ano passado; o forte indicativo da crise é a situação da UeRJ, que passou por uma greve de cinco meses e meio, entre março e agosto; o primeiro semestre letivo terminou apenas alguns dias antes do Natal; o início do segundo foi adiado pela quinta vez no dia 13 de fevereiro, com data indeterminada (Foto: Leonardo Lucena)


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Rio 247 - A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UeRJ) ainda vive o pesadelo de 2016, ano em que o governo estadual decretou estado de calamidade financeira (junho). Um forte indicativo da crise é a situação da UeRJ, que passou por uma greve de cinco meses e meio, entre março e agosto. O primeiro semestre letivo terminou apenas alguns dias antes do Natal. O início do segundo foi adiado pela quinta vez no dia 13 de fevereiro, com data indeterminada.

De acordo com a reitoria da instituição, a volta às aulas, prevista para exatamente um mês atrás, só acontecerá dois dias úteis após o "(re)estabelecimento das condições básicas para o funcionamento da universidade".

O professor da Faculdade de Educação da Uerj Rafael dos Santos reforçou que a qualidade das aulas foram afetadas. "Os equipamentos que vão dando defeito, como televisão, data show e até tomadas, ficam sem conserto", explica. Os relatos desta matéria foram publicados no site Uol. "Invariavelmente falta água e papel higiênico nos banheiros, e não dá para limpar todos os dias. Tem dias que é insuportável entrar", disse.

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Segundo o estudante de engenharia química George Torno, 25, coordenador do DCE (Diretório Central do Estudantes), "a situação piora a cada dia". "Como o pagamento das empresas terceirizadas está atrasado, só dois dos dez elevadores estão funcionando, e os banheiros estão sem limpeza. Alguns corredores da universidade estão sem lâmpada", acrescentou.

Governo

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Em nota, a Secretaria de Fazenda do Rio informou que o governo "reconhece a importância da Uerj e tem concentrado esforços na busca de soluções para a superação do atual quadro de graves dificuldades enfrentadas pela instituição".

Segundo a pasta, foram repassados 76% do orçamento total da universidade (R$ 1,1 bilhão) em 2016, incluindo pessoal e custeio. Os salários de dezembro foram pagos em cinco parcelas , a última delas quitada na semana passada, mas o 13º continua atrasado. "Sobre o salário de janeiro, ainda não há previsão de pagamento", diz a nota.

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A secretaria atribui os repasses incompletos "à crise nas finanças estaduais, provocada pela significativa queda na receita de tributos em consequência da depressão econômica do país, pelo recuo na arrecadação de royalties e a redução dos investimentos da Petrobras".

Um dos coordenadores-gerais do Sintuperj (Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio), Antônio Fernandes é servidor aposentado e chegou à instituição nos anos 60. "A Uerj é talvez a universidade mais plural do Rio de Janeiro. Foi a primeira do país a implantar as cotas raciais, por exemplo. Cresceu, mas não teve o investimento necessário para sustentar esse crescimento", acrescentou.

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Segundo Fernandes, o governo é o culpado pela crise na universidade. "O Estado está quebrado? Está. Mas quem quebrou foram eles", afirmou.

 

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