Crônica de uma caçada anunciada

O Rio de Janeiro, sob intervenção federal desde fevereiro, contabilizou ao longo de quarta-feira, 20, ao menos oito pessoas mortas durante duas operações policiais, ambas deflagradas no morro Pavão-Pavãozinho e no complexo de favelas da Mar; matéria do jornal El  País destaca que o delegado da Polícia Civil Marcus já havia antecipado a ação ao afirmar que "nós vamos caçar vocês onde quer que estejam"

Rio de Janeiro - Operação feita pelas polícias Civil e Militar, com o apoio das Forças Armadas, da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal, no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, zona norte do Rio. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Rio de Janeiro - Operação feita pelas polícias Civil e Militar, com o apoio das Forças Armadas, da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal, no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, zona norte do Rio. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil) (Foto: Paulo Emílio)


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Rio 247 - O Rio de Janeiro, sob intervenção federal desde fevereiro, contabilizou ao longo de quarta-feira, 20, ao menos oito pessoas mortas durante duas operações policiais, ambas deflagradas de manhã no morro Pavão-Pavãozinho e no complexo de favelas da Maré, informa Felipe Betim, em El Pais.

"Em vídeos compartilhados nas redes sociais, é possível ver helicópteros da Polícia Civil fazendo voos rasantes sobre o território, causando pânico entre moradores. Também é possível escutar tiros sendo disparados, mas nos vídeos não fica claro quem são os autores. Moradores e organizações que atuam na área asseguram, contudo, que policiais estavam atirando do helicóptero contra alvos no solo", destaca o texto.

"O objetivo principal era encontrar os suspeitos de terem assassinado em Acari, também na Zona Norte, o inspetor Ellery de Ramos Lemos, chefe de investigações da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD). O delegado da Polícia Civil Marcus Amim, que também é comentarista do programa SBT Rio, declarou, após a morte de Lemos, que sua corporação iria "caçar" os responsáveis. "Todos os envolvidos de Acari hoje são inimigos da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Nós vamos caçar vocês onde quer que estejam. Não adianta colocar no Facebook que criança foi baleada... Mentira. Não adianta, você não vão conseguir tirar a gente aí de dentro. Nós vamos a qualquer horário, não tem horário pra gente", disse ele, durante o programa. E prometeu: "Nada vai impedir o nosso encontro. E se vocês resistirem a nossa ação, nós vamos manchar o ambiente com o sangue sujo de vocês. Não ousem nos enfrentar, porque nós vamos às últimas consequências".

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