Denunciados 4 gremistas por injúria racial
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul informou que quatro torcedores do Grêmio serão denunciados pelas ofensas racistas contra o goleiro do Santos, Aranha, em jogo disputado pela Copa do Brasil, no dia 28 de agosto; duas dessas pessoas têm antecedentes criminais; a pena poderá ser de um a três anos de prisão
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Rio Grande do Sul 247 – A Polícia Civil do Rio Grande do Sul informou, nesta terça-feira (30), que quatro torcedores do Grêmio serão denunciados pelas ofensas racistas contra o goleiro do Santos, Aranha, em jogo disputado pela Copa do Brasil, no dia 28 de agosto. A pena poderá ser de um a três anos de prisão. Em decorrência do ato, o clube gaúcho foi expulso do torneio.
Um das pessoas indiciadas foi Patrícia Moreira, de 22 anos, flagrada pelas câmeras de ESPN chamando o goleiro do time adversário de “macaco”. No começo do mês passado, a jovem afirmou que não foi um racismo e disse que se deixou levar pelo “calor da torcida”.
Por sua vez, no mesmo dia, o seu advogado, Alexandre Rossato, afirmou que o xingamento não foi uma ofensa. "Macaco, no contexto dentro do jogo, não se tornou racista. Isso se torna um xingamento dentro do futebol. Uma das expressões dentro do futebol. As próprias mães dos árbitros são xingadas historicamente dentro do futebol", acrescentou.
Os outros denunciados foram identificados como Rodrigo Machado Rychter, Éder de Quadros Braga e Fernando Moreira Ascal, dois destes com antecedentes criminais. Segundo o delegado regional de Porto Alegre que acompanha as investigações dos torcedores, Cleber Ferreira, oito pessoas foram identificadas por cometerem injúrias racistas. No entanto, diz ele, que tiveram apenas provas concretas contra quatro delas.
“Identificamos oito pessoas que manifestaram palavras e gestos raciais contra pessoas de cor. Isto possibilitou trazer para autos provas concretas. E nas provas concretas, identificamos quatro destes oito. Por tanto, temos quatro indiciados”, disse Ferreira, durante entrevista coletiva.
O delegado prometeu, ainda, que ir atrás de mais suspeitos. “Durante três horas de gravação as peritas conseguiram identificar oito pessoas. Mas o universo não é pequeno, o grupo de pessoas que fizeram e não foram identificadas é grande. Vamos seguir e além das quatro flagradas podem surgir outras”, afirmou.
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