Aulas recomeçam com falta de professores no RS

A volta às aulas nas escolas da rede estadual de ensino confirmou a falta de professores anunciada pelo Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) na última semana; o primeiro dia de aula teve preocupação e dispensa de turmas em boa parte das escolas; os números ainda estão sendo contabilizados pela direção do sindicato, que desde o início da manhã percorre instituições para atender denúncias de falta de professores por todo o Estado

A volta às aulas nas escolas da rede estadual de ensino confirmou a falta de professores anunciada pelo Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) na última semana; o primeiro dia de aula teve preocupação e dispensa de turmas em boa parte das escolas; os números ainda estão sendo contabilizados pela direção do sindicato, que desde o início da manhã percorre instituições para atender denúncias de falta de professores por todo o Estado
A volta às aulas nas escolas da rede estadual de ensino confirmou a falta de professores anunciada pelo Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) na última semana; o primeiro dia de aula teve preocupação e dispensa de turmas em boa parte das escolas; os números ainda estão sendo contabilizados pela direção do sindicato, que desde o início da manhã percorre instituições para atender denúncias de falta de professores por todo o Estado (Foto: Leonardo Lucena)


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Sul21 - A volta às aulas nas escolas da rede estadual de ensino, na manhã desta quinta-feira (26), confirmou a falta de professores anunciada pelo Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) na última semana. O primeiro dia de aula teve preocupação e dispensa de turmas em boa parte das escolas. Os números ainda estão sendo contabilizados pela direção do sindicato, que desde o início da manhã percorre instituições para atender denúncias de falta de professores por todo o Estado.

O déficit maior estaria na Região Metropolitana, segundo análise preliminar da vice-presidente do Cpers, Solange Carvalho. "Estamos conferindo os relatos que chegam sobre as dispensas de turmas e falta de professores. Mas, ao que percebemos, nosso prognóstico está se confirmando. Ainda que nossas estimativas tenham divergência com os números do Estado", relata.

De acordo com o sindicato, a carência no sistema estadual seria de quase 10 mil docentes. A estimativa do Cpers consideraos profissionais exonerados, que se aposentaram e que faleceram, e as vagas do concurso mais recente, de 2013, que ainda não foram preenchidas. Cerca de 7.600 profissionais se afastaram do exercício da profissão ao longo do ano passado. Quanto às vagas em aberto, ainda restam 2.446.

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Algumas escolas contornaram a dispensa de turmas por conta da falta de professores realizando atividades complementares para recepcionar os alunos no retorno das férias. Foi o caso da Escola Estadual de Ensino Fundamental Ayrton Senna do Brasil e do Colégio Estadual Senador Alberto Pasqualini, ambas em Novo Hamburgo. "Estamos com falta de um professor de 40 horas para Língua Portuguesa. Hoje, a aula inaugural e os professores de outras áreas garantiram que não dispensássemos ninguém, mas a partir de amanhã vai complicar", informou a direção da E.E.E.F Ayrton Senna do Brasil.

A estimativa é de que sete turmas possam ser dispensadas na sexta-feira (26), se a Secretaria Estadual de Educação não enviar um novo profissional. "Nós avisamos que ia faltar, sabemos que eles estariam agilizando, mas até agora não veio", relata a direção.

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Novo Hamburgo registra maior déficit

Novo Hamburgo registrou maior déficit de professores e funcionários de escola na manhã desta quinta-feira. No Colégio Estadual Senador Alberto Pasqualini, por exemplo, faltava um professor de Química. Na E.E.E. F Otávio Rosa os alunos não tiveram aula de Inglês por conta da falta de professor da área. Já na E.E.E.F Frederica Schutz Pacheco, o quadro de professores está completo, porém faltam funcionários de escola. O ano começou sem supervisora escolar, secretária, merendeira e servente.

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Em Porto Alegre, a Escola Estadual Coronel Affonso Massot poderá mandar os alunos do 5º ano do turno da tarde para casa devido à falta de professor. Também falta docente de Ciências e a nova professora das séries iniciais chegou nesta quarta-feira, mas contratada de forma temporária. “Não veio uma concursada. Isso prejudica a parte pedagógica em sala de aula. Criam-se os vínculos, depois temos que dispensar os professores”, explica a diretora Melba Centeno Broll Ribeiro.

Nesta mesma escola, apenas uma merendeira garante 500 refeições por turno. “A nossa outra merendeira se aposentou e estamos sem uma segunda. E, a demanda vai aumentar por que ampliamos em 15 turmas este ano. Cada uma com 37 alunos”, diz a diretora.

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O funcionário público José Barra Jr., que fazia a matrícula do filho na escola nesta manhã, lamentou a deficiência de funcionários. Ele acredita que, somado aos problemas físicos e à falta de remuneração adequada dos professores, não priorizar a convocação de profissionais por concurso público contribui para a má qualidade da educação. “Umas quantas vezes ele chegava ou mais cedo ou não ia por conta falta de professores no ano passado na E.E.E.F Professor Leopolda Barnewitz. Agora, troquei ele pra esta. O correto é realizar concurso, se não contratam temporários. Isto é só um ‘tampão’ no problema que ali na frente volta a aparecer”, opina.

Já na E.E.E.F Protásio Alves, faltam professores de Física, Matemática e Geografia. A diretora Ana Maria Souza alega que os contratos emergenciais não suprem a necessidade da escola e comprometem o rendimento escolar.”O concurso é melhor do ponto de vista da qualificação do professor com uma carreira. No caso dos temporários, o que mais prejudica é não conversarem com a escola para fazer as mudanças. Perdemos em dezembro um ótimo professor de Geografia e agora os professores de História estão tendo que incorporar esta disciplina”, disse.

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910 contratações ainda aguardam liberação de Sartori

A Secretaria Estadual de Educação informou, por meio de assessoria de imprensa, que a prioridade da pasta não são contratos temporários, mas sim convocar os aprovados no último concurso. Segundo a pasta, restariam 2,2 mil professores para serem chamados. No entanto, apenas 510 foram encaminhados pelo secretário Vieira da Cunha para nomeação. Também aguardam a liberação de contratação por parte do governador José Ivo Sartori, 370 contratados temporários.

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O governador ainda não se posicionou sobre a contratação dos professores encaminhadas pelo secretário Vieira da Cunha e cobrada pelo Cpers, antes do início do ano letivo. Nesta terça-feira (24), Sartori esteve em evento oficial de abertura do ano letivo, no auditório do Ministério Público do RS. Na ocasião, ele disse que “os alunos, com certeza, são os nossos grandes tesouros e os professores são os nossos ourives, que lapidam o nosso tesouro na sala de aula”.


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