CNC: recessão da era Temer deixa 57,9% das famílias endividadas

Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que o percentual de famílias endividadas alcançou 57,9% em março de 2017; alta é de 1,7 ponto percentual em comparação com o mês anterior; proporção das famílias que possuem dívidas ou contas em atraso também aumentou de 23% em fevereiro para 23,7% em março

O endividamento das famílias atingiu o maior patamar desde junho de 2006
O endividamento das famílias atingiu o maior patamar desde junho de 2006 (Foto: Paulo Emílio)


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247 - A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que o percentual de famílias endividadas alcançou 57,9% em março de 2017, uma alta de 1,7 ponto percentual em comparação com o mês anterior.

Apesar do avanço mensal, o indicador permanece abaixo dos 60,3% registrados no mesmo período do ano passado. "Fato que indica um ritmo ainda fraco de concessão de empréstimos e financiamentos para as famílias", aponta Marianne Hanson, economista da CNC.

Inadimplência

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Acompanhando a alta do percentual de famílias endividadas, a proporção daquelas que possuem dívidas ou contas em atraso também aumentou de 23% em fevereiro para 23,7% em março. Na comparação anual, no entanto, houve queda. O percentual era de 23,5% em março de 2016.

A parcela de famílias que disseram que não terão como pagar as dívidas e que, portanto, permanecerão inadimplentes aumentou em ambas as bases de comparação. Alcançou 9,9% em março de 2017, ante 9,8% em fevereiro e 8,3% em março de 2016. Esse é o maior patamar do indicador desde janeiro de 2010, quando estava em 10,2%.

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Também houve leve aumento na proporção de famílias que se declararam muito endividadas: de fevereiro para março, o percentual subiu de 14% para 14,2% do total de famílias. Na comparação anual, entretanto, houve queda de 0,1 ponto percentual. "A perspectiva menos positiva das famílias em relação ao pagamento das dívidas está diretamente associada à queda da renda e aos juros ainda elevados", comenta Marianne Hanson, economista da CNC.

Prazo

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O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 64,8 dias em março de 2017, acima dos 62,6 dias de março de 2016. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 33,8% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre aquelas endividadas, 22% afirmam ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.

Para 76,6% das que possuem dívidas, o cartão de crédito permanece como o principal agente, seguido de carnês (15,1%) e, em terceiro, financiamento de carro (10,2%).

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A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional) é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18.000 consumidores.

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