Entusiasta de palestra de Bolsonaro na Hebraica defendeu o golpe

Empresário que organizou a palestra de Jair Bolsonaro no clube A Hebraica, Alexandre Nigri, militou pelo impeachment de Dilma; o judeu que propôs o encontro com Bolsonaro escreveu diversos artigos defendendo o impeachment da presidente Dilmar Rousseff; um abaixo-assinado que recebeu mais de 2,7 mil assinaturas protestou contra a palestra, que acabou sento cancelada; leia trecho de artigo em que Nigri defende seu triunvirato do liberalismo: o ex-presidente FHC, o banqueiro Roberto Setúbal, dono do Itaú, e o empresário Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil atualmente   

Empresário que organizou a palestra de Jair Bolsonaro no clube A Hebraica, Alexandre Nigri, militou pelo impeachment de Dilma; o judeu que propôs o encontro com Bolsonaro escreveu diversos artigos defendendo o impeachment da presidente Dilmar Rousseff; um abaixo-assinado que recebeu mais de 2,7 mil assinaturas protestou contra a palestra, que acabou sento cancelada; leia trecho de artigo em que Nigri defende seu triunvirato do liberalismo: o ex-presidente FHC, o banqueiro Roberto Setúbal, dono do Itaú, e o empresário Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil atualmente 
 
Empresário que organizou a palestra de Jair Bolsonaro no clube A Hebraica, Alexandre Nigri, militou pelo impeachment de Dilma; o judeu que propôs o encontro com Bolsonaro escreveu diversos artigos defendendo o impeachment da presidente Dilmar Rousseff; um abaixo-assinado que recebeu mais de 2,7 mil assinaturas protestou contra a palestra, que acabou sento cancelada; leia trecho de artigo em que Nigri defende seu triunvirato do liberalismo: o ex-presidente FHC, o banqueiro Roberto Setúbal, dono do Itaú, e o empresário Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil atualmente    (Foto: Aquiles Lins)


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247 - O empresário que organizou a palestra de Jair Bolsonaro no clube A Hebraica, Alexandre Nigri, militou pelo impeachment de Dilma.

Um abaixo-assinado que recebeu mais de 2,7 mil assinaturas protestou contra a eventual palestra do deputado de extrema-direita (leia aqui). O presidente do clube Hebraica de São Paulo, o rabino Michel Schlesinger cancelou a palestra após a repercussão. 

"O judaísmo tem tradição de debate. Mas a liberdade de expressão não pode servir de plataforma para a propagação de ideologia discriminatória e apologética à ditadura", justificou o rabino (leia mais).

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O entusiasta da palestra polêmica com Bolsonaro, Alexandre Nigri, escreveu diversos artigos defendendo o impeachment da presidente Dilmar Rousseff.

Um deles se chama “A ética de alguns empresários e da oposição” e foi publicado na Gazeta do Povo, de Curitiba. Alguns trechos, selecionados pelo Diário do Centro do Mundo:

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Dias atrás, eu e muitos dos meus compatriotas nos irritamos com a defesa contundente da permanência de presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto feita por Roberto Setúbal, presidente do Banco Itaú, alegando que o impeachment de Dilma poderia criar uma "instabilidade ruim para nossa democracia". Não consigo entender como um homem à frente de uma organização que administra tanto dinheiro de tanta gente pode assumir uma postura de tamanha leniência (palavra tão em voga) diante da desorganização e falta de ética que vemos no atual cenário político nacional.

Ao mesmo tempo, posso imaginar a razão de Setúbal; afinal, conforme brada o velho e bom provérbio ítalo-chinês, em time que ganha não se mexe; se este time é a economia brasileira, o Itaú vai bem, obrigado.

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Há uns dois anos, eu jantei a poucos metros de Setúbal em um restaurante na Praça Vilaboim, em São Paulo, e logo senti aquela incontrolável coceira nos sapatos para sair correndo e pedir um autógrafo, mas, diante daquele topete que emanava tanto poder e radioatividade financeira, me intimidei. Juntamente com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e Jorge Paulo Lemann, Setúbal seria um dos poucos gigantes para quem eu pediria um autógrafo. Eram o triunvirato do neoliberalismo; nossos ícones no curso de Economia na faculdade.

Fernando Henrique Cardoso, que sabemos ser ainda uma das reservas morais e éticas de nossa política, é outro que surpreendeu. Saiu como um ninja do nada, com sua espada, proclamando em 9 de agosto que um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff "não adiantaria nada". Recentemente, diante das críticas dos oposicionistas neste jogo de morde e assopra, FHC desceu do muro e pediu a renúncia de Dilma.

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Não entendo Setúbal e nem FHC, mas entendo que Dilma tem de sair. É com o perdão dos adjetivos que classifico essa gestão de incompetente, irresponsável e negligente. Dilma causou danos irreparáveis ao Estado e aos brasileiros pela força de seu primeiro mandato. Setúbal dizer que tirar Dilma, apesar de tudo, é criar um ambiente de instabilidade; ou, como disse o ex-presidente FHC, que impedi-la não adiantaria nada, para mim é mais ou menos como dizer que reduzir a maioridade penal para 16 aos é inviável porque vai abarrotar as cadeias. É fazer proselitismo do candidato que rouba, mas faz; é não colocar uma meta. É deixar uma meta aberta e, quando atingir a meta, dobrar a meta.

(...)

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Uma chefe de Estado que mentiu durante toda a campanha não tem ética para cuidar deste povo tão sofrido, além de ter em seu currículo uma presidência do Conselho Administrativo da Petrobras e passagem como ministra de Minas e Energia, tendo transformado uma das maiores empresas do mundo em uma empresa em frangalhos. Um gestor como este ou não tem ética, ou é incompetente. Por exclusão e por republicanismo, não sobrou alternativa para sua permanência.

Ética é o que está acima dos indivíduos, é o que entendemos por bem comum, das iniciativas que devemos ter para o bom convívio social de cada qual e o bem de todos. E este é o único norte pelo qual devemos nos guiar, é o "um por todos e todos por um". Para os políticos, significa reconhecer os erros em prol de um objetivo suprapartidário; para o empresariado, significa retomar os rumos de nossa economia olhando para os lados e para a frente, e não para o umbigo. Nosso norte significa, daqui em diante, única e exclusivamente o caminho do bem comum, do laissez faire, do livre mercado e da democracia que vem impulsionado as principais economias do mundo e trazendo o bem-estar para a sociedade.

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Quanto ao terceiro ícone de nosso triunvirato na faculdade, Jorge Paulo Lemann, até agora nada declarou sobre o cenário político atual; oremos, irmãos, oremos.

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