Haddad: PT e PSDB deveriam ter tido uma agenda comum

Considerado uma opção do PT para as eleições de 2018, caso Lula não possa ser candidato, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad fez uma autocrítica do partido; Haddad avaliou que tanto o PT como o PSDB deveriam ter feito uma reforma política quando tiveram a chance e que, por não terem investido nisso, acabaram reféns do atraso; "PT e PSDB, que estruturaram a política desde 1994, cada um à sua maneira manteve o outro refém do atraso. Não tiveram a clareza de que tinham que ter uma agenda comum, do ponto de vista institucional, que passava pela reforma política"; o ex-prefeito criticou ainda o uso que se tem feito das delações premiadas no País

Brasília - Entrevista com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad sobre o encontro com o Ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner (Wilson Dias/Agência Brasil)
Brasília - Entrevista com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad sobre o encontro com o Ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner (Wilson Dias/Agência Brasil) (Foto: Giuliana Miranda)


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SP 247 - O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, considerado uma opção para o PT em 2018 caso Lula não seja candidato, concedeu uma entrevista à Folha de S.Paulo em que faz uma análise do poder no País.

Para Haddad, tucanos e petistas perderam a chance, quando estavam no poder, de propor uma reforma política, ficando assim reféns do atraso.

"A verdade é que PT e PSDB, que estruturaram a política desde 1994, cada um à sua maneira manteve o outro refém do atraso. Não tiveram a clareza de que tinham que ter uma agenda comum, do ponto de vista institucional, que passava pela reforma política.

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Nem Fernando Henrique Cardoso nem Lula, que tinham liderança para estimular dirigentes a buscarem uma solução, fizeram o movimento. Quando PT e PSDB estavam fortes, não fizeram", afirmou.

Fernando Haddad criticou ainda o uso das delações premidas e afirma que uma testemunha o inocentou da acusação de ter recebido via caixa dois da UTC, em 2012. "Mas estamos em julho de 2017. Passou a eleição. Faz o quê com isso?", indaga.

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"O problema das delações é que em todo lugar em que esse instituto foi acolhido há um protocolo bastante rígido. Subjetivismos não são aceitos. Fatos impossíveis de comprovação também não. Aqui introduzimos uma novidade sem as cautelas regulamentares. Qual o protocolo para delação com trecho falso? Essas regras deveriam estar claras antes do primeiro uso."

As informações são de reportagem de Daniela Lima na Folha de S.Paulo.

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