Sob gestão Alckmin, trecho do Rodoanel foi superfaturado em R$ 600 milhões, calcula MP
A operação da Polícia Federal que prendeu Laurence Casagrande Lourenço, nomeado por Geraldo Alckmin para comandar a estatal Dersa, tem indícios de superfaturamento de pelo menos R$ 600 milhões nas obras do trecho Norte do Rodoanel Mário Covas, conduzidas pela OAS e Mendes Junior; investigações apontaram suposta prática de corrupção, organização criminosa, fraude à licitação, crime contra a ordem econômica e de desvio de verbas públicas
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247 - A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (21) uma operação para prender 15 pessoas suspeitas de desviar dinheiro das obras do trecho Norte do Rodoanel Mário Covas. Um dos presos é Laurence Casagrande Lourenço, nomeado pelo ex-governador e pré-candidato a presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, para comandar a estatal Dersa, principal alvo da operação.
De acordo com investigações do Ministério Público Federal, houve um sobrepreço de R$ 600 milhões nos custos da obra conduzida pela OAS e Mendes Junior. As investigações apontaram suposta prática de corrupção, organização criminosa, fraude à licitação, crime contra a ordem econômica e de desvio de verbas públicas.
Relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU), da Controladoria Geral da União (CGU) e um laudo pericial da Polícia Federal apontam fraude, superfaturamento e sobrepreço nos contratos firmados entre a Dersa e as empreiteiras OAS e Mendes Júnior.
As obras do trecho norte são divididas em seis lotes, tiveram início em 2013 e ainda estão em andamento. Nelas foram encontrados indícios de irregularidades. Só no lote 2, analisado pelo TCU, as irregularidades somam R$ 110 milhões.
"Para maquiar o sobrepreço adotou-se a prática de 'jogo de planilhas', expediente comum em fraudes a licitações com muitos itens contratados de forma global, em que o licitante oferece preço acima do mercado para alguns itens e abaixo da referência para outros, de modo a colocar-se artificialmente como menor preço global. Esse expediente é comum em fraudes às licitações", diz o Ministério Público federal.
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