'Doria sequestrou agenda legislativa visando seus interesses'

O coordenador da Rede Nossa São Paulo Américo Sampaio diz que a agenda da Câmara Municipal de São Paulo foi "sequestrada" pelo Executivo durante a gestão do ex-prefeito João Doria (PSDB), em função de seu interesses políticos e eleitorais; "Deixar a cadeira de prefeito para concorrer a outros cargos é injustificável, não é compreensível, não é razoável e não podemos aceitar. É mesquinharia, busca pequena por poder. Poder pelo poder, para si próprio, não está interessado no bem comum, na vida das pessoas", afirma

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Rede Brasil AtualO coordenador da Rede Nossa São Paulo Américo Sampaio fez um balanço do trabalho da Câmara Municipal da capital paulista na atual legislatura. Segundo ele, a agenda da Casa foi "sequestrada" pelo Executivo durante a gestão do ex-prefeito João Doria (PSDB), em função de seu interesse, primeiro, de disputar a Presidência da República.

Isso fez com que o Legislativo voltasse sua atenção para medidas que não eram prioritárias para a cidade, como o plano municipal de desestatização e a "reforma" da Previdência proposta pelo tucano.

"O que aconteceu é que a prefeitura tinha projetos antipopulares, que não dialogavam com a necessidade da cidade, mas com uma conjuntura nacional. Tanto a questão da previdência quanto a das privatizações são pautas que dizem respeito a um debate mais nacional do que local", explica Sampaio, em entrevista a Glauco Faria, na Rádio Brasil Atual.

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"Como o ex-prefeito João Doria tinha interesse em alçar outros voos, como ser candidato à Presidência da República, o que ele fez foi sequestrar a agenda do Legislativo, impetrar uma agenda que não dialoga com as necessidades da cidade. Houve um atropelo completo fazendo com que a Câmara Municipal de São Paulo ficasse sem agenda, sem discurso, sem debate, porque na prática se tornou uma casa de despacho da prefeitura."

"O que acontece na prática é que a cidade de São Paulo está completamente submetida à dinâmica da busca enlouquecida por poder. Deixar a cadeira de prefeito para concorrer a outros cargos é injustificável, não é compreensível, não é razoável e não podemos aceitar. É mesquinharia, busca pequena por poder. Poder pelo poder, para si próprio, não está interessado no bem comum, na vida das pessoas", aponta.

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Segundo Sampaio, o fato de São Paulo ser uma cidade populosa, com grande colégio eleitoral e com muitos recursos, faz com que ela seja atrativa para esse tipo de postura política, que não é inédita. Assim como Doria, o hoje senador José serra (PSDB), também deixou o cargo após 15 meses de mandato, também para ser candidato ao governo do estado em 2006.

Serra também renunciou ao governo de São Paulo. em 2010, antes de concluir o mandato, para disputar a Presidência da República.

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"Quando se tem uma gestão com essa perspectiva, que é o caso infelizmente da cidade de São Paulo, a máquina pública inteira começa a trabalhar com vistas à manutenção do poder. Basicamente isso.

"Na verdade, se tem um aparelhamento da máquina pública com o objetivo da manutenção do poder", critica o coordenador da Nossa São Paulo. "A prefeitura vai fazer campanha do João Doria para o governo do estado e também para Geraldo Alckmin à Presidência."

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Questionado se, além da saída de Doria do cargo, o fato de Bruno Covas aceitar ser coordenador estadual de campanha do pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin também não representaria descaso com a cidade, Sampaio concorda. "Isso sem contar a quantidade de secretários municipais que estão saindo da prefeitura para fazer a campanha de João Doria", assinala.

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