Mao, do Garotos Podres: ser PT hoje é uma manifestação de rebeldia
José Rodrigues Júnior, mais conhecido como o "Mao", líder da banda Garotos Podres, que fez sucesso nos anos 80, "considera a música uma forma de intervenção política"; em entrevista à TV 247, Mao critica duramente os governos tucanos em São Paulo e conta que se filiou recentemente ao PT; "É uma manifestação de rebeldia", ressalta; assista sua participação no programa Ferréz em Construção
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
TV 247 - "Considero a música uma forma de intervenção política". Assim José Rodrigues Mao Júnior, mais conhecido como Mao, vocalista e um dos fundadores da banda Garotos Podres, define a sua relação com a música. Morador de Mauá, cidade do Grande ABC, o jovem dos anos 80 encontrou nas mobilizações trabalhistas da região fonte de inspiração para produzir o punk rock de consciência social que, mesmo após três décadas, contagia novas gerações.
Ativista político, professor e historiador, ele explica que a origem da banda Garotos Podres, que ganhou notoriedade com canções como "Papai Noel, Velho Batuta", ocorreu em 1982, momento de implementação do modelo neoliberal, onde os jovens não tinham perspectiva de futuro. "O epicentro do punk rock ocorreu na Inglaterra, a ex-primeira ministra Margaret Thatcher exercia suas políticas de destruição dos direitos sociais", recorda.
Ele relata que, no Brasil, apesar da ditadura militar vigente no início dos anos 80, os movimentos sociais estavam em ascensão. "Toda essa luta dos trabalhadores influenciou minha trajetória e a do Garotos Podres, eu considero a música uma forma de intervenção política", destaca.
Para além dos palcos, Mao foi professor da rede estadual de São Paulo durante muitos anos. "Tem professor que quer votar em tucano, isto é um crime contra a a humanidade, afinal, eles roubaram merenda de crianças, uma atrocidade", critica, relembrando do desmonte promovido pelos tucanos na educação paulista.
Dando sequência à sua critica ao PSDB, ele afirma que, ao contrário do que ocorreu nas eleições de 2014, em 2018, o senador Aécio Neves encontra-se no completo ostracismo. "Hoje, a foto do Aécio serve para espantar mosquito", debocha.
Mao considera que é preciso ter posição na vida. "Ou você está do lado do fascismo, do racismo, ou lado da civilização, dos que se opõe à barbárie", opina.
O artista conta que se filiou recentemente no Partido dos Trabalhadores. "Ultimamente, é uma manifestação de rebeldia, tomei tal atitude no momento mais difícil da sigla, em 2016", conclui.
Inscreva-se na TV 247 e confira a entrevista com Mao no programa Ferréz em Construção:
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247