Isolado, Doria não terá apoio de Skaf, Marinho e caciques do PSDB
Ambições do ex-prefeito de São Paulo podem esbarrar na falta de aliados no segundo turno da disputa estadual; Paulo Skaf e Luiz Marinho, terceiro e quarto colocados na disputa ficarão longe do tucano, que enfrenta ainda um racha dentro de seu próprio ninho, onde foi chamado de traidor por Geraldo Alckmin
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247 - Ao disputar sua segunda eleição majoritária em menos de três anos, o ex-prefeito de São Paulo e candidato ao governo do Estado João Doria (PSDB) pode ter dado um passo maior que a perna. Na expectativa de receber apoio de candidatos derrotados no primeiro turno, o tucano não fechou nenhuma nova aliança e, pior: deve ter outros nomes dentro do PSDB trabalhando contra sua candidatura.
Nesta quarta-feira (10), o terceiro colocado na disputa, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (MDB) deve anunciar sua posição nestas eleições. Ainda que não apoie o atual governador e candidato à reeleição Márcio França (PSB), certamente o emedebista não estará no palanque tucano. “Não tem caráter e não pode estar em cargo público”, teria dito Skaf sobre Doria, conforme apurado pela revista Crusoé.
Ele também não contará, obviamente, com o apoio do terceiro colocado na disputa, Luiz Marinho (PT), que continuará na campanha do presidenciável petista, Fernando Haddad, e possivelmente declarará neutralidade na disputa em São Paulo. Mesmo com o acordo entre PSB e PT para a candidatura de Haddad, em São Paulo, os partidos devem caminhar separadamente.
Dentro do PSDB, o ex-prefeito de São Paulo também enfrentará resistências. Um áudio divulgado nesta terça (9), mostra o ex-governador Geraldo Alckmin sugerindo que Doria é um 'traidor' e que for dele o apoio ao presidente Michel Temer (MDB). A divulgação publicizou um racha no ninho tucano que já leva a especulações em torno do destino do partido, que pode se dividir em dois após as eleições deste ano, onde o PSDB encolheu ainda mais.
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