Em debate, França diz que Doria traiu Alckmin e usou o BNDES para comprar avião

O primeiro debate do segundo turno das eleições de 2018 para governador de São Paulo, entre governador Márcio França (PSB) e o ex-prefeito da capital paulista João Doria (PSDB), foi marcado por discussões e acusações, com o socialista expondo erros e contradições de Doria e o tucano atacando inúmeras vezes o PT em suas falas; "Eu não traio as pessoas do meu partido, não passo rasteira, não apunha-los. Você fez isso com o governador Geraldo Alckmin. Você o traiu", disse França; "Você pegou dinheiro do BNDES para comprar um jatinho, João", ressaltou

Em debate, França diz que Doria traiu Alckmin e usou o BNDES para comprar avião
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Rede Brasil AtualO primeiro debate do segundo turno das eleições de 2018 para governador de São Paulo, na noite de quinta-feira (18) entre o atual governador Márcio França (PSB) e o ex-prefeito da capital paulista João Doria (PSDB) – realizado pela TV Bandeirantes –, foi marcado por discussões e acusações, com o socialista expondo erros e contradições de Doria e o tucano atacando inúmeras vezes o PT em suas falas. Logo de início, França retomou a desavença entre o ex-prefeito de São Paulo e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), ao ser acusado de esconder seus aliados "comunistas". "Eu não traio as pessoas do meu partido, não passo rasteira, não apunha-los. Você fez isso com o governador Geraldo Alckmin. Você o traiu", disse.

Doria passou a maior parte do tempo tentando associar França ao PT e outros partidos de esquerda, bem como ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Se tivesse que dar conselho para o Lula seria para ele não te emprestar mais dinheiro. Você pegou dinheiro do BNDES para comprar um jatinho, João. Eu não apoiei [o candidato à Presidência da República Fernando] Haddad, eu apoiei você. Você me disse que ia ser o melhor prefeito de São Paulo. Jurou pela honra dos seus filhos, pela honra do seu pai, que não deixaria a prefeitura. E o que você fez?", expôs França.

O socialista também ressaltou que as pesquisas indicam que uma ampla vantagem para ele na capital paulista, fato que ele atribuiu a uma desconfiança dos paulistanos sobre Doria. E disse que Doria não é confiável porque fala mal ou bem das pessoas pelo interesse. "Voce pegou 6 milhões no BNDES para o Lide no governo Lula. Você ajudou o José Eduardo Cardozo, a Manuela D'Ávila. Você agora quer se apoiar no candidato a presidente Jair Bolsonaro. Você não é Bolsonaro, você é 'Bolsoseu'. Se o Lula sair da cadeia e ficar a frente nas pesquisas você se apoia nele. Antes falou mal do Bolsonaro, agora corre atrás dele e ele foge de você", afirmou.

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Doria também acusou França de estar na lista de propinas da empreiteira Odebrecht, investigada na Operação Lava Jato, sob um suposto codinome de "Paris". "Tem pessoas que mentem uma vez ou outra. Outras mentem tão compulsivamente que acreditam na mentira que contam. Se você encontrar um depoimento com meu nome eu renuncio meu mandato. Agora e você? Nunca produziu nada, não vende nada, de onde saiu tanto dinheiro, Doria? Você misturou público e privado, intermediou negócios privados com governos para ganhar dinheiro", atacou França.

Mais uma vez, o tucano insistiu no antipetismo, dizendo que entrou na política "para combater o PT"e que não ia deixar um "esquerdista" vencer em São Paulo. França, novamente, se saiu melhor. "Você não pode ser governador. Você não tem sensibilidade para cuidar do povo. Eu tive 70% dos votos na minha cidade, 20 anos depois de ser prefeito lá. Você teve 22% na capital, porque não foi um bom prefeito. Sabe por que as pessoas me apoiam? Porque elas te rejeitam. Pessoas que sequer me conhecem, estão declarando voto em mim. Se 63% da capital vota em mim, é um voto contra você. É um voto fora Doria", afirmou o socialista.

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No pouco que falaram de propostas, França prometeu zerar a fila da creche no interior do estado, construindo mil novas unidades em quatro anos. Defendeu alistamento civil para os jovens, realizando prestação de serviços comunitários, com bolsa auxílio de R$ 500, carga horária de quatro horas por dia e matrícula em curso técnico. E disse que vai passar a abrir os Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME), para reduzir a fila de exames médicos e consultas com especialistas.

Na questão segurança pública, França prometeu ainda realizar concurso para reduzir o déficit de agentes na Polícia Civil e a garantir a abertura de todas as delegacias em tempo integral. Se mostrou contra a redução da maioridade penal, ressaltando que é preciso investimento social para os jovens entre 16 e 18 anos. "Essas facções criminosas vivem dos jovens de periferia. Vamos criar oportunidades para jovens de 16, 17, 18 anos, porque é isso que faz a diferença", afirmou.

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Doria retomou propostas de Bolsonaro, como a redução da maioridade penal, o fim das saídas temporárias e o bloqueio dos celulares em presídios. "Vamos agir de forma rigorosa e eficiente. Não vai entrar mais celular nos presídios. Vamos investir em tecnologia para impedir a entrada e o uso do celular. Vamos sufocar o [Primeiro Comando da Capital] PCC nos locais em que faz lavagem de dinheiro, como postos de gasolina. O preso vai ter de pagar sua estadia trabalhando", afirmou. E retomou propostas apresentadas na prefeitura, como o Corujão da Saúde, que não funcionou.

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