Bancada do PT paulista repudia ataques a médicos cubanos

"A Bancada de parlamentares do PT na Alesp cobrará do futuro presidente soluções imediatas para os desfalques de médicos que culminarão, certamente, numa grande tragédia humanitária, já que em muitas localidades pobres do país, inclusive moradores de áreas carentes do Estado de São Paulo, que sempre necessitaram de atenção na área da saúde, só tem em seu corpo médico profissionais da medicina de Cuba", diz líder do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo, Beth Sahão 

Bancada do PT paulista repudia ataques a médicos cubanos
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SP 247 - A bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo repudiou as "declarações desrespeitosas" do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) contra os médicos cubanos que atuam no programa Mais Médicos. 

"Os médicos cubanos que prestaram seus serviços no Programa Mais Médicos vigente no país desde 2013, desde o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, com mais de 18 mil vagas em mais de 4 mil municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), atenderam cerca de 63 milhões de brasileiros, de acordo com o próprio Ministério da Saúde", diz a bancada do PT na Alesp, em nota assinada pela deputada Beth Sahão, líder do partido na Casa. 

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Leia, abaixo, a nota na íntegra:

A Bancada de deputadas e deputados estaduais do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo repudia veementemente as desrespeitosas e agressivas declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro aos médicos cubanos que durante anos prestaram valorosos serviços por meio do Programa Mais Médicos à grande parcela do Povo Brasileiro, especialmente, as populações indígenas, quilombolas, ribeirinhas e aquelas residentes nas regiões e nos municípios mais pobres do país, e que levou o governo de Cuba à decisão de deixar o programa social diante das graves agressões e ameaças feitas à presença dos médicos cubanos no Brasil.

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Já na campanha eleitoral, o então candidato havia dito que expulsaria os médicos com base em prova, questionando a competência dos profissionais que fazem parte do sistema de saúde cubano reconhecido mundialmente por sua qualidade, competência e eficácia. Agora, eleito, afirmando que a "ditadura cubana" demonstra irresponsabilidade e explora seus cidadãos, Bolsonaro mostra mais uma face vil de sua postura e promove preconceito, não só com os profissionais do Programa, mas também, com toda a nação Cubana.

Os médicos cubanos que prestaram seus serviços no Programa Mais Médicos vigente no país desde 2013, desde o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, com mais de 18 mil vagas em mais de 4 mil municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), atenderam cerca de 63 milhões de brasileiros, de acordo com o próprio Ministério da Saúde.

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A participação de médicos cubanos no programa que levou médicos pela primeira vez a mais de 700 municípios, havia sido renovada no início deste ano por mais cinco anos. Importante destacar que o Programa é uma conquista dos municípios brasileiros em resposta à campanha "Cadê o Médico?", liderada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em 2013. Na ocasião, prefeitas e prefeitos evidenciaram a dificuldade de contratar e fixar profissionais no interior do país e na periferia das grandes cidades.

Infelizmente, a postura do presidente recém-eleito, que ainda não tomou posse, mas que desde sempre mostrou uma postura violenta, reacionária e retrógrada, principalmente no tocante a políticas públicas que beneficiam os mais pobres, provocou a reação dos dignos profissionais da medicina que viram no Programa Mais Médicos uma chance de exercer a profissão de maneira ética e digna, levando atenção aos mais necessitados.

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A Bancada de parlamentares do PT na Alesp cobrará do futuro presidente soluções imediatas para os desfalques de médicos que culminarão, certamente, numa grande tragédia humanitária, já que em muitas localidades pobres do país, inclusive moradores de áreas longícuas e mais carentes do Estado de São Paulo, que sempre necessitaram de atenção na área da saúde, só tem em seu corpo médico profissionais da medicina de Cuba.

São Paulo, 14 de novembro de 2018.

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Beth Sahão, líder da Bancada de deputados e deputadas estaduais do PT na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo

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