PF conecta braço direito de Alckmin a empreiteiro

Operação deflagrada essa semana pela Polícia Federal e pelo Ministério Público não mostrou apenas as fraudes em licitações de prefeituras do interior paulista, mas revelou a ligação entre o empresário e o atual chefe da Casa Civil do governo de Geraldo Alckmin, Edson Aparecido; Olívio Scamatti, apontado como chefe do esquema, manteve contato telefônico com Aparecido em 2010 e fez doações de R$ 91,6 mil à campanha do tucano em 2006

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247 – A proximidade entre o empresário Olívio Scamatti e Edson Aparecido, chefe da Casa Civil do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), foi revelada essa semana pela Operação Fratelli da Polícia Federal. Segundo as investigações, ocorreram fraudes em licitações de pelo menos 78 prefeituras do interior paulista.

Interceptações telefônicas feitas em 2010 flagraram Aparecido, na época deputado federal pelo partido de Alckim, fazendo "pedidos" ao empresário. Uma dessas ligações teria o objetivo de ajudar o aliado José Jacinto Alves Filho, então prefeito de Auriflama, que precisava mostrar ao Ministério Público que providências estavam sendo tomadas.

Para isso, era necessário que Scamatti mandasse algumas máquinas para colocar asfalto para que fossem fotografadas pelos promotores. "Se abrir processo, a região inteira contamina", disse Aparecido.

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Segundo a PF, o chefe da Casa Civil do governo tucano não era o alvo da operação, mas foi interceptado por manter contato com o empreiteiro. A polícia também descobriu que a Demop fez doações para a campanha de Aparecido no valor de R$ 91,6 mil ainda em 2006.

As apurações da PF e do Ministério Público também chegaram ao nome de Osvaldo Ferreira Filho, chamado de Osvaldinho, assessor que trabalhou oito anos com Aparecido. Ele chegou, inclusive, a representar o então deputado estadual em reuniões políticas ainda no início dos anos 2000. Ele é uma das 13 pessoas presas em São José do Rio Preto.

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O empresário também foi preso e é acusado de chefiar o esquema de corrupção e desvio de dinheiro público.

Na versão do chefe da Casa Civil do governo de Geraldo Alckmin, o empreiteiro "nunca solicitou nada que indicasse qualquer irregularidade", mas reconheceu, em entrevista ao Estado de São Paulo, que manteve contato próximo com Scamatti. Ainda segundo Edson Aparecido, as doações para sua campanha "foram registradas", e afirma que confia na "inocência" do ex-assessor.

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