Dono do avião ordenou piloto a atender campanha de Miranda

Em depoimento à Polícia Civil de Goiás em Itumbiara, o piloto do Sêneca apreendido com R$ 504 mil em dinheiro e material de campanha do candidato a governador Marcelo Miranda (PMDB), Roberto Carlos Maya Barbosa (E), disse que o empresário Ronaldo Alves Japiassú (D), dono da aeronave, "lhe ordenou que atendesse com o avião um 'tal' Cleanto, participante da campanha do PMDB em Tocantins"; Cleanto Carlos de Oliveira é apontado como o chefe do serviço aéreo da campanha de Marcelo Miranda; após falarem com advogados, os presos mudaram a versão do dinheiro e agora dizem que a quantia seria fruto de empréstimo tomado por Douglas Marcelo Alencar Shimtt; Procuradoria Regional Eleitoral acompanha o caso

Em depoimento à Polícia Civil de Goiás em Itumbiara, o piloto do Sêneca apreendido com R$ 504 mil em dinheiro e material de campanha do candidato a governador Marcelo Miranda (PMDB), Roberto Carlos Maya Barbosa (E), disse que o empresário Ronaldo Alves Japiassú (D), dono da aeronave, "lhe ordenou que atendesse com o avião um 'tal' Cleanto, participante da campanha do PMDB em Tocantins"; Cleanto Carlos de Oliveira é apontado como o chefe do serviço aéreo da campanha de Marcelo Miranda; após falarem com advogados, os presos mudaram a versão do dinheiro e agora dizem que a quantia seria fruto de empréstimo tomado por Douglas Marcelo Alencar Shimtt; Procuradoria Regional Eleitoral acompanha o caso
Em depoimento à Polícia Civil de Goiás em Itumbiara, o piloto do Sêneca apreendido com R$ 504 mil em dinheiro e material de campanha do candidato a governador Marcelo Miranda (PMDB), Roberto Carlos Maya Barbosa (E), disse que o empresário Ronaldo Alves Japiassú (D), dono da aeronave, "lhe ordenou que atendesse com o avião um 'tal' Cleanto, participante da campanha do PMDB em Tocantins"; Cleanto Carlos de Oliveira é apontado como o chefe do serviço aéreo da campanha de Marcelo Miranda; após falarem com advogados, os presos mudaram a versão do dinheiro e agora dizem que a quantia seria fruto de empréstimo tomado por Douglas Marcelo Alencar Shimtt; Procuradoria Regional Eleitoral acompanha o caso (Foto: Aquiles Lins)


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Tocantins 247 - O piloto do Sêneca apreendido com R$ 504 mil em dinheiro e material de campanha do candidato a governador Marcelo Miranda (PMDB), Roberto Carlos Maya Barbosa, de 48 anos, disse nesta sexta-feira, 19, em depoimento à Polícia Civil de Goiás, que o empresário Ronaldo Alves Japiassú, dono da aeronave, "lhe ordenou que atendesse com o avião um 'tal' Cleanto, participante da campanha do PMDB em Tocantins". 

Cleanto Carlos de Oliveira, ex-diretor da Aeropalmas, é apontado como o chefe do serviço aéreo da campanha de Marcelo Miranda. A Aeropalmas, cuja razão social é Táxi Aéreo Palmas Ltda., fechou contratos milionários com o governo do peemedebista. Em 2006, por exemplo, a empresa foi contratada sem licitação pelo governo do Estado por R$ 12 milhões para serviços de táxi aéreo.

Segundo o delegado de Itumbiara (GO), Ricardo Chueire, divulgou em nota à imprensa, o piloto Roberto Carlos Barbosa garantiu à Polícia que "nada sabia sobre dinheiro ou campanha política". 

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O delegado contou na nota que foram apreendidos R$ 500 mil e 3,6 quilos de folhetos políticos no interior do avião. Conforme Chueire, na Delegacia, "todos, menos o piloto, confessaram aos policiais que aquele dinheiro se destinava a custear despesas de campanha do candidato Marcelo Miranda ao governo de Tocantins".

Presos mudam versão
Porém, disse o delegado, ao terem o direito de acesso a advogado, mudaram a versão e passaram a afirmar que seria fruto de um empréstimo tomado por Douglas Marcelo Alencar Shimtt, de 39 anos, em Brasília. Douglas é considerado pela Polícia como o líder do grupo. A conta de outro preso, Lucas Marinho Araujo, de 22 anos, que o delegado disse ser de Piracanjuba, teria sido emprestada para receber o dinheiro.

Chueire esclareceu que o inquérito policial será concluído em Itumbiara. Contudo, "diante dos indícios fortes de crimes eleitorais", a Procuradoria Regional Eleitoral de Tocantins e o Tribunal Regional do Eleitoral (TRE-TO) receberão cópias integrais do procedimento lavrado em Goiás. "Para que lá se apure se realmente trata-se de dinheiro oriundo de Caixa 2 de campanha, uma vez que tal investigação não é de responsabilidade da PC-GO", explicou o delegado.

Chueire disse na nota que, dos quatro presos, Douglas Marcelo Alencar Shimtt, de 39 anos, é o "chefe da associação criminosa"; e classifica Lucas Marinho Araujo, de 22 anos, de "laranja que cedeu a conta em Piracanjuba". Ainda foram presos o piloto Roberto Carlos Maya Barbosa, 46 anos, e Marco Antonio Jayme Roriz, 46. Ainda de acordo com o delegado, eles são suspeitos da prática de crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa (antigo crime de quadrilha ou bando) e crime contra a ordem tributária.

PRE acompanha 

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A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) informou que acompanha o caso da apreensão de avião, dinheiro e material de campanha de Marcelo Miranda e do candidato a deputado federal Carlos Gaguim, do PMDB, "mas não tem como falar nada, enquanto não tiver acesso ao flagrante". Conforme a PRE, o procurador-regional eleitoral, Álvaro Manzano, ainda recebeu nenhum documento sobre o caso, e só vai se pronunciar quando tiver acesso aos dados obtidos pela Polícia Civil de Goiás.

Confira a seguir a íntegra da nota do delegado de Itumbiara, Ricardo Chueire:

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"Prezados:

Policiais Civis do GENARC de Itumbiara e da Delegacia da Polícia Civil de Piracanjuba chefiados pelos Delegados de Polícia Rilmo Braga e Vicente Paulo e Silva e coordenados pelo Delegado Regional de Polícia de Itumbiara Ricardo Chueire prenderam na tarde de ontem na referida cidade Lucas Marinho Araujo, de 22 anos (laranja que cedeu a conta em Piracanjuba), Roberto Carolos Maya Barbosa, de 46 anos (piloto), Marco Antonio Jayme Roriz, de 46 e o chefe da associação criminosa Douglas Marcelo Alencar Shimtt, de 39 anos, suspeitos da prática de crimes de Lavagem de Dinheiro, Associação Criminosa(antigo crime de quadrilha ou bando) e Crime Contra a Ordem Tributária, cometidos em Piracanjuba nos últimos dias.

Investigadores do GENARC monitoravam pistas de pouso clandestinas na região sul do estado que estariam sendo utilizadas para a troca transporte de grande quantidade de drogas para a região e que agências bancárias das cidades mais próximas estariam sendo usadas para lavagem de dinheiro proveniente do tráfico.

Durante a vigilância policial foi identificado o pouso da aeronave apreendida na cidade de Piracanjuba, razão pela qual a operação policial foi desencadeada.

No local identificamos os presos Douglas, Lucas e Marco, que chegaram no aeroporto de Piracanjuba em um Hilux, enquanto o piloto já estava com o avião ligado e pronto para a decolagem, mas que foi perseguido, abordado e impedido de decolar pelos Policiais Civis.

Todos foram abordados e apreendido na posse de Douglas R$ 500.000,00(quinhentos mil reais) e 3,6 kg de folhetos políticos no interior do avião. Nenhum entorpecente foi localizado, razão pela qual a Delegacia Regional foi acionada.

Os presos foram encaminhados para Polícia Civil local e autuados pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e crime tributário , foram recolhidos a carceragem da SAPEJUS e a prisão devidamente comunicada ao Poder Judiciário e Ministério Público da Comarca de Piracanjuba.

Já na Delegacia todos, menos o piloto, confessaram aos policiais que aquele dinheiro se destinava a custear despesas de campanha do Candidato Marcelo Miranda ao Governo de Tocantins, porém, ao terem o direito de acesso a Advogado, mudaram a versão e passaram a afirmar que seria fruto de um empréstimo tomado por Douglas em Brasília e que a conta do Piracanjubense Lucas teria sido emprestada para isso, ou seja, receber o dinheiro.

O piloto por sua vez indicou que a aeronave pertence ao tocantinense Ronaldo Japiassú e que este lhe ordenou que atendesse com o avião um "tal" Cleanto, participante da campanha do PMDB em Tocantins, mas que nada sabia sobre dinheiro ou campanha política.

Importante esclarecer que o Inquérito Polícia será concluído em Itumbiara, em atuação conjunta dos Delegados do GENARC, Piracanjuba e da Delegacia Regional, e que o mesmo será finalizado e remetido ao Poder judiciário de Piracanjuba e este visa somente a elucidação dos crimes pelos quais os detidos foram autuados, sendo que, diante dos indícios fortes de crimes eleitorais, a Procuradoria Regional Eleitoral de Tocantins(Ministério Público Federal) e TRE daquele Estado receberão cópias integrais do procedimento lavrado em Goiás, para que lá se apure se realmente trata-se de dinheiro oriundo de Caixa 2 de Campanha, uma vez que tal investigação não é de responsabilidade da PC-GO". 

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