Globo e Bolsonaro: identidade e cumplicidade que vem de longe

Mauro Lopes, editor do 247, escreve sobre a entrevista de Jair Bolsonaro no Jornal Nacional desta quarta; a biografia da Globo aproxima-a de maneira irrecorrível de Bolsonaro; "Como dois e dois são quadro, da mesma maneira que a Globo apoiou Collor contra Lula em 1989 apoiará Bolsonaro contra Lula ou Haddad em 2018 se o PT não vencer logo no primeiro turno"

Globo e Bolsonaro: identidade e cumplicidade que vem de longe
Globo e Bolsonaro: identidade e cumplicidade que vem de longe


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Quem assistiu a entrevista do Jornal Nacional com Bolsonaro na noite desta quarta (29) viu um momento histórico. Foi evidente, apesar do esforço de William Bonner e Renata Vasconcellos de procurarem fantasiar-se de jornalistas, que ali estava uma relação que vem de longe.

Antes de começar a entrevista, tudo ficou estabelecido:

William Bonner: Boa noite. Bem-vindo, candidato. Muito obrigado pela sua presença. Eu peço ao senhor que ocupe a sua cadeira. Com aquele cuidado, só porque a mesa é giratória.

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Jair Bolsonaro: Isso aqui tá parecendo uma plataforma de tiro de artilharia. Então, estou confortável aqui.

E o que se viu foi um Bolsonaro confortável. Porque ele estava em casa, numa relação que vem de longe.

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Há décadas assiste-se uma operação de maquiagem da emissora dos Marinho, sustentada por novelas, alguns programas de entretenimento com alcunha de "jornalismo" e campanhas de "esperança".

Mas na noite de ontem, o que sentou ao redor da "mesa giratória" foi a biografia nua e crua:

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A Globo apoiou o golpe de 1964.

A Globo apoiou o AI-5.

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A Globo apoiou o sistema de tortura e eliminação física dos opositores ao regime militar.

A Globo foi contra a redemocratização do país.

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A Globo foi contra as Diretas.

A Globo comandou o golpe de 2016.

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A Globo lidera a perseguição a Lula e ao PT.

Não foi outra a razão de a dupla Bonner-Vasconcelos, altos executivos da Globo, ter sido tão agressiva com Ciro e ter apresentado tanta dificuldade para atacar Bolsonaro, com perguntar de ar falsamente inquisitorial, verdadeiras "levantadas de bola" com acento pueril.

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Bonner, Vasconcelos, Bolsonaro, Mourão e Marinho são todas pessoas e com identidade e cumplicidade que vem de longe. 

Representam o ódio ao povo brasileiro. 

Como dois e dois são quadro, da mesma maneira que a Globo apoiou Collor contra Lula em 1989 apoiará Bolsonaro contra Lula ou Haddad em 2018 se o PT não vencer logo no primeiro turno.

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