Ala Militar tira olavetes do MEC; agora falta tirar o olavete-mor

Olavo de Carvalho acusou o golpe; de manhã, já sabendo que seus alunos seriam defenestrados, conclamou-os – algumas dezenas, escreveu - a pedirem exoneração; não deveriam seguir convivendo com integrantes do governo que denominou “pústulas”; já estava em guerra aberta com Mourão; agora só falta tirar o olavete-mor, o próprio ministro Ricardo Vélez

Ala Militar tira olavetes do MEC; agora falta tirar o olavete-mor
Ala Militar tira olavetes do MEC; agora falta tirar o olavete-mor (Foto: Agência Brasil)


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Depois de uma enxurrada de críticas à carta supostamente patriótica e de uma reunião com a ala militar do governo, o ministro Vélez Rodrigues exonerou, ontem, oito olavetes (alunos de Olavo de Carvalho) do MEC. Dois deles tinham sido apontados em reportagem da Veja como “auxiliares” que mandavam mais que o ministro. Ou seja, o ministro de fato, por meio dos dois teleguiados, seria Carvalho.

Vélez entregou os anéis para salvar os dedos.

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Olavo de Carvalho acusou o golpe. De manhã, já sabendo que seus alunos seriam defenestrados, conclamou-os – algumas dezenas, escreveu - a pedirem exoneração. Não deveriam seguir convivendo com integrantes do governo que denominou “pústulas”. Ele já estava em guerra aberta com Mourão. À sua última provocação o vice respondeu mandando beijinhos.

Como Bolsonaro até agora não reclamou da intervenção militar no MEC ou os generais têm carta branca para mexer em peças de todo o governo, mesmo à revelia do capitão ou o capitão concordou em cortar os discípulos do guru, o que mostraria o declínio da influência de Olavo.

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É a segunda investida dos militares contra a chamada “ala ideológica”. A denominação é equivocada porque não quer dizer nada. Na realidade, é a “ala da ideologia de extrema-direita”. E, ironicamente, militares que se temia fossem extremistas de direita atuam para segurar arroubos de civis de extrema-direita, dos quais a figura principal é o próprio presidente da República.

O alvo da primeira investida foi o chanceler Ernesto Araújo, que estava disposto a entrar de cabeça na guerra com a Venezuela. Mourão não o deixou sentar à mesa da reunião do Grupo de Lima. Falou ele pelo Brasil, não o chanceler.

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A intervenção na política externa deverá se aprofundar. Os sinais já aparecem. Bolsonaro aceitou convite para visitar a China. O que o guru de Virgínia certamente desaconselharia.

Resta saber se as vagas abertas no MEC com a exoneração dos olavetes serão ocupadas por militares. Ou por quem eles indicarem.

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E se os militares vão se valer da intervenção para ampliar o seu poder no governo do capitão.

Agora, colocar olavetes para fora do MEC foi uma medida acertada e profilática.

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Aliás, nunca deveriam ter entrado. Agora só falta tirar o olavete-mor, o próprio ministro.

 
 
 
 
 

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