PT cair em chantagem de Cunha é inaceitável

"A dúvida sobre que posição tomar e o dilema que tomou conta do PT e especialmente de sua bancada parlamentar são inaceitáveis para um partido que surgiu com propostas éticas e renovadoras e se diz, ainda, de esquerda", opina Hélio Doyle, colunista do 247, sobre a decisão dos petistas do Conselho de Ética em votar contra ou a favor de Eduardo Cunha; "O PT não tinha direito de ter dúvida. O dilema só acentuou as fragilidades do partido. Cunha tem de deixar a presidência da Câmara e ter seu mandato cassado", avalia o jornalista; agora que, "cumprindo seu papel de bandido e chantagista, Cunha se vingou aceitando o pedido de impeachment na Câmara, passa-se a essa nova briga. Mas arriscar é parte da política. Ter coragem de enfrentar os desafios também", conclui Doyle; leia a íntegra

"A dúvida sobre que posição tomar e o dilema que tomou conta do PT e especialmente de sua bancada parlamentar são inaceitáveis para um partido que surgiu com propostas éticas e renovadoras e se diz, ainda, de esquerda", opina Hélio Doyle, colunista do 247, sobre a decisão dos petistas do Conselho de Ética em votar contra ou a favor de Eduardo Cunha; "O PT não tinha direito de ter dúvida. O dilema só acentuou as fragilidades do partido. Cunha tem de deixar a presidência da Câmara e ter seu mandato cassado", avalia o jornalista; agora que, "cumprindo seu papel de bandido e chantagista, Cunha se vingou aceitando o pedido de impeachment na Câmara, passa-se a essa nova briga. Mas arriscar é parte da política. Ter coragem de enfrentar os desafios também", conclui Doyle; leia a íntegra
"A dúvida sobre que posição tomar e o dilema que tomou conta do PT e especialmente de sua bancada parlamentar são inaceitáveis para um partido que surgiu com propostas éticas e renovadoras e se diz, ainda, de esquerda", opina Hélio Doyle, colunista do 247, sobre a decisão dos petistas do Conselho de Ética em votar contra ou a favor de Eduardo Cunha; "O PT não tinha direito de ter dúvida. O dilema só acentuou as fragilidades do partido. Cunha tem de deixar a presidência da Câmara e ter seu mandato cassado", avalia o jornalista; agora que, "cumprindo seu papel de bandido e chantagista, Cunha se vingou aceitando o pedido de impeachment na Câmara, passa-se a essa nova briga. Mas arriscar é parte da política. Ter coragem de enfrentar os desafios também", conclui Doyle; leia a íntegra (Foto: Hélio Doyle)


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A notícia ganha destaque: os três deputados do PT no Conselho de Ética vão votar pela continuidade do processo de cassação de Eduardo Cunha. Acabou o dilema, tão decantado pela imprensa. Com respaldo da bancada, os três não têm mais dúvidas sobre que posição tomar e votarão contra Cunha.

Essa é a política de hoje, esse é o PT que se tem hoje. Infelizmente, nos dois casos. A dúvida sobre que posição tomar e o dilema que tomou conta do partido, e especialmente de sua bancada parlamentar, são inaceitáveis para um partido que surgiu com propostas éticas e renovadoras e se diz, ainda, de esquerda.

Não cabia, em momento algum, qualquer dúvida ou dilema. Além de estar acusado de graves crimes e irregularidades, Cunha tem mostrado sua total incapacidade de presidir a Câmara e arrota prepotência e cinismo a todo instante. E, ainda por cima, aproveita seus últimos momentos de falsa glória para aprovar, arbitrariamente, medidas que representam o atraso, o preconceito e a segregação.

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O PT não tinha direito a ter essa dúvida e esse dilema. Mesmo desgastado pela sua rendição aos métodos da velha politicagem – o que inclui o caixa dois e o roubo desbragado --, mesmo igualado aos demais partidos fisiológicos e corruptos, mesmo substituindo o socialismo democrático pelo corporativismo sindical e deixando de lado a luta popular pela ação cretina no Congresso.

O argumento de proteger Cunha para evitar o processo de impeachment contra Dilma só piorou as coisas. É quase uma confissão de culpa, um arranjo de quadrilhas mafiosas para se autoprotegerem. “Defendo o bandido para que o bandido não facilite minha prisão”, é mais ou menos isso.

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Cunha tem de deixar a presidência da Câmara e ter seu mandato cassado. Cumprindo seu papel de bandido e chantagista, Cunha se vingou aceitando o pedido de impeachment na Câmara no início da noite desta quarta-feira. Agora, passa-se a essa nova briga. Os que querem derrubar a presidente da República terão de conseguir 342 dos 513 votos dos deputados. Para que o impeachment seja aprovado, 54 dos 81 senadores terão de votar pelo afastamento. Que o governo e o PT lutem por cada voto.

Sim, é claro que ninguém sabe como pode acabar um processo desses, ainda mais em um ambiente de profundo descontentamento da população diante do governo. O Congresso sempre é sensível às pressões populares, como se viu, inclusive, na vitória do voto secreto e na manutenção da prisão de Delcídio do Amaral.

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Mas arriscar é parte da política. Ter coragem de enfrentar os desafios também. Era melhor para o país, para o PT e para Dilma que não houvesse processo de impeachment. Mas não à custa de negociatas, manobras espúrias e proteção a bandidos. Por que, agindo assim, o governo, Dilma e o PT só reforçam a ideia, na população, de que é melhor mesmo que saiam logo. Ainda que o que venha depois possa ser pior.

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