Direita em pânico

"O que terá levado o Ibope e o Datafolha a cancelarem a divulgação de duas pesquisas eleitorais que estavam previstas para esta semana? A julgar pela reação dos mercados financeiros na última terça-feira, o motivo é um só: Lula continuou subindo nas pesquisas e, ao que tudo indica, apresentaria números suficientes para uma vitória em primeiro turno. Mais do que isso, a população já estaria enxergando Fernando Haddad como "o candidato de Lula" – o que garantiria a vitória do PT em qualquer hipótese", diz o jornalista Leonardo Attuch, editor do 247

Direita em pânico
Direita em pânico (Foto: Ricardo Stuckert)


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O que terá levado o Ibope e o Datafolha a cancelarem a divulgação de duas pesquisas eleitorais que estavam previstas para esta semana? A julgar pela reação dos mercados financeiros na última terça-feira, o motivo é um só: o mais recente ataque do Poder Judiciário ao ex-presidente Lula, desta vez com o Tribunal Superior Eleitoral afrontando determinação do Comitê de Direitos Humanos da ONU, não atingiu o efeito esperado. Ao contrário, Lula continuou subindo nas pesquisas e, ao que tudo indica, apresentaria números suficientes para uma vitória em primeiro turno. Mais do que isso, a população já estaria enxergando Fernando Haddad como "o candidato de Lula" – o que garantiria a vitória do PT em qualquer hipótese.

Os resultados das pesquisas seriam desastrosos para a direita brasileira, que decidiu promover a maior destruição de riqueza já vista na história de qualquer nação. O golpe de 2016, feito para garantir a entrega do pré-sal às petroleiras internacionais e também para suprimir direitos sociais e trabalhistas, já reduziu o PIB brasileiro em mais de R$ 600 bilhões, produziu o maior rombo fiscal da história, fez com que a dívida interna atingisse níveis alarmantes, colocou 5 milhões de trabalhadores em situação de desalento e, obviamente, jamais conseguiria vencer uma eleição. No entanto, durante muito tempo, a direita golpista alimentou a esperança de se legitimar nas urnas por meio de um processo eleitoral fraudulento – ou seja, uma eleição sem Lula. O que ficaria claro, tanto no Ibope como no Datafolha, é que o plano simplesmente deu errado.

Para o PT, a despeito das pesquisas censuradas, coloca-se agora um dilema: insistir com Lula ou promover sua substituição por Haddad? O ex-presidente tem o aval do Comitê de Direitos Humanos da ONU, mas o governo brasileiro já sinalizou que pretende ignorar tratados internacionais, colocando o Brasil à margem das leis internacionais. A solução virá do Supremo Tribunal Federal, mas como o País atravessa um golpe institucional, 'com Supremo, com tudo', como profetizou o senador Romero Jucá (MDB-RR), há sempre o risco de novas manobras que barrem não apenas a candidatura Lula, como toda a chapa encabeçada pelo PT.

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Com Lula, que expressa a vontade da maioria do povo brasileiro, o PT teria garantia de vitória. Com Haddad, uma possibilidade bastante promissora. Mas o chamado Partido do Judiciário já deixou claro que fará o possível para também impedir este desfecho, ao apresentar uma denúncia vazia de enriquecimento ilícito relacionada ao tempo em que ele era prefeito de São Paulo. Como é clara a armação, o efeito eleitoral parece ser relativamente pequeno. No entanto, o regime político brasileiro, hoje tutelado por juízes politicamente motivados, já não pode mais ser chamado de democracia.


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