Fazer História no 1º de Maio

"No 1º de Maio de 2018, ninguém tem o direito de fazer o papel de avestruz e ignorar a encruzilhada histórica na qual o país se encontra", escreve Paulo Moreira Leite; "Não é uma opção de feriado, mas uma obrigação política: todos têm o dever de fortalecer manifestações que representam uma oportunidade única para acumular forças, defender os direitos dos trabalhadores e garantir a democracia", defende; lembrando que "até a eleição presidencial se encontra ameaçada", pela incapacidade da elite brasileira em encontrar um candidato capaz de ter apoio do povo, PML escreve que "não se pode esquecer o essencial: tanto a prisão de Lula como seu enquadramento na Ficha Limpa se apoiam em acusações fabricadas, sem base real"

"No 1º de Maio de 2018, ninguém tem o direito de fazer o papel de avestruz e ignorar a encruzilhada histórica na qual o país se encontra", escreve Paulo Moreira Leite; "Não é uma opção de feriado, mas uma obrigação política: todos têm o dever de fortalecer manifestações que representam uma oportunidade única para acumular forças, defender os direitos dos trabalhadores e garantir a democracia", defende; lembrando que "até a eleição presidencial se encontra ameaçada", pela incapacidade da elite brasileira em encontrar um candidato capaz de ter apoio do povo, PML escreve que "não se pode esquecer o essencial: tanto a prisão de Lula como seu enquadramento na Ficha Limpa se apoiam em acusações fabricadas, sem base real"
"No 1º de Maio de 2018, ninguém tem o direito de fazer o papel de avestruz e ignorar a encruzilhada histórica na qual o país se encontra", escreve Paulo Moreira Leite; "Não é uma opção de feriado, mas uma obrigação política: todos têm o dever de fortalecer manifestações que representam uma oportunidade única para acumular forças, defender os direitos dos trabalhadores e garantir a democracia", defende; lembrando que "até a eleição presidencial se encontra ameaçada", pela incapacidade da elite brasileira em encontrar um candidato capaz de ter apoio do povo, PML escreve que "não se pode esquecer o essencial: tanto a prisão de Lula como seu enquadramento na Ficha Limpa se apoiam em acusações fabricadas, sem base real" (Foto: Paulo Moreira Leite)


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Não é preciso lembrar ninguém da importância do 1º de Maio, data histórica da luta dos trabalhadores do mundo inteiro. Hoje, em Paris e em Pequim, na Cidade do México e em Joanesburgo, em Londres e Buenos Aires, os trabalhadores e trabalhadoras vão às ruas exigir e defender seus direitos e conquistas.

Isso também vai ocorrer no Brasil, mas há uma diferença. Em 2018 ninguém tem o direito de fingir que não sabe a importância fundamental de comparecer aos atos e manifestações que vão ocorrer hoje em Curitiba, em São Paulo e outras cidades do Brasil inteiro. 

Não estamos falando de um feriado qualquer no calendário, nem de uma data festiva como tantas outras. É até possível procurar um bom filme, almoçar com amigos. Mas ninguém tem o direito de se fazer de avestruz.

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Em 2018, as manifestações do primeiro de maio são uma oportunidade única oferecida aos trabalhadores e à juventude, ao movimento de mulheres e às forças que lutam contra o racismo, contra a pobreza, contra todo tipo de preconceito, para reforçar sua unidade, acumular forças e preparar uma retomada de luta e progresso.

Vivemos num país onde a democracia se encontra ameaçada. Condenado a 12 anos e um mês sem provas, o maior líder operário de nossa história, Luiz Inácio Lula da Silva, se encontra preso e incomunicável, numa cela solitária em Curitiba, proibido de receber visitas de amigos, colegas e personalidades internacionais de primeira importância, como o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel.

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Se nas décadas de 1930, 1940, 1950, o 1º de Maio foi uma data na qual os trabalhadores e trabalhadores podiam celebrar conquistas e direitos históricos, em 2018 não há motivo para celebração, mas para crítica e condenação. Nos últimos anos nós perdemos a CLT, destruída por um Congresso dócil e corrupto. Todas as políticas públicas essenciais se encontram sob ameaça de uma política econômica que estabelece um teto para gastos públicos sob encomenda do capital financeiro. Fruto de uma luta de 70 anos dos brasileiros, a Petrobras foi esquartejada e desmembrada para ser vendida na bandeja para grandes grupos internacionais. A Previdência Social, que está no coração de um embrião de Estado de Bem-Estar social construído com tanta sacrifício, e que é um exemplo inegável para a maioria de nossos países vizinhos, se encontra sob risco permanente de ataques e manobras.

Não vamos nos iludir. A liberdade dos trabalhadores e do povo se encontra sob ataque direta da violência de grupos criminosos, fascistas acobertados pelo Estado, aqueles que assassinaram a vereadora Marielle Franco e atacaram, à bala, o acampamento Marisa Letícia, em Curitiba. Mesmo a eleição presidencial de 2018, direito sagrado da Constituição, conquista assegurada após 21 anos de ditadura militar depois de uma das maiores campanhas populares de nossa história, se encontra ameaçada.

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Incapaz de inventar um candidato que possa agradar ao povo, nossa elite fará o possível para impedir a campanha daquele que o povo já escolheu, Luiz Inácio Lula da Silva, favorito em todas as pesquisas e simulações. É bom não esquecer o essencial. Tanto a prisão de Lula como seu possível enquadramento na Lei Ficha Limpa se apoiam numa condenação de araque, aquele tríplex que nunca foi sua propriedade e jamais recebeu reformas milionárias anunciadas pela Lava Jato. É tudo falso.  

Não há dúvida de que no 1º de Maio de 2018 o Brasil se encontra numa encruzilhada. Nossos 210 milhões de habitantes pisam uma linha divisória. Hoje, comparecer aos atos de 1º de Maio não representa uma escolha, um programa para aproveitar um feriado que é, historicamente, uma conquista. Estamos falando de uma obrigação, um dever, de cada brasileiro e cada brasileira com seus filhos, com sua classe, com seu país. Já destruíram muitos de nosso direitos. Tentam, todos os dias, todas as horas, diminuir nossas conquistas, nossos avanços em direção a um país democrático e civilizado. Querem nos transformar num país de bárbaros, onde a selvageria, a violência, a força bruta irão servir para organizar a vida social e a disputa legítima por interesses.

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O 1º de Maio tem essa função. Mostrar que ninguém, nenhuma força política, pode nos impedir de lutar e gritar por nosso futuro, por nossa dignidade. É um direito fundamental, que temos obrigação de exercer, como uma homenagem a nossos pais, avós e bisavós que se sacrificaram para construir o país de hoje, como um esforço essencial para deixar um país melhor para nossos filhos e netos. Esta é a importância de participar dos atos de 1º de Maio.

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