Como deter o jogo sujo da direita aos 47 do segundo tempo?

São visíveis a olho nu fortes indícios de que o consórcio golpista formado pela mídia monopolista, Lava Jato, instituições corrompidas do Estado e o chamado mercado se prepara para apelar para o jogo sujo ainda na reta final do primeiro turno das eleições

Como deter o jogo sujo da direita aos 47 do segundo tempo?
Como deter o jogo sujo da direita aos 47 do segundo tempo? (Foto: Gustavo Lima - Ag. Câmara)


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Por onde passa o candidato Fernando Haddad arrasta multidões movidas pela esperança de que o Brasil retome seu caminho de respeito à soberania popular, desenvolvimento com inclusão social, geração de emprego e renda, forte investimento no social e espaço garantido para os pobres no orçamento. E o fiador deste sentimento que avança a galope país fora é Lula. Indestrutível politicamente, o ex-presidente segue emparedando as elites, mesmo encarcerado em Curitiba.

Contudo, são visíveis a olho nu fortes indícios de que o consórcio golpista formado pela mídia monopolista, Lava Jato, instituições corrompidas do Estado e o chamado mercado se prepara para apelar para o jogo sujo ainda na reta final do primeiro turno das eleições.

A nossa história está repleta de exemplos que revelam a total falta de apreço da burguesia brasileira pela democracia. Sempre que os de baixo ampliam minimamente seus direitos os donos do dinheiro não hesitam em reagir, quase sempre atuando à margem da lei.

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O motivo dos pesadelos da casa grande é que a curva ascendente de Haddad o torna favorito para chegar ao segundo turno contra o capitão nazista. Como todos os candidatos orgânicos da elite golpista fracassaram, resta aos endinheirados lançar mão de canalhices de última hora, no afã de virar o jogo aos 47 minutos do segundo tempo.

Por isso, a campanha de Haddad não pode e não deve ignorar o golpe abaixo da linha da cintura que se anuncia. Talvez na forma de um depoimento forjado do esfaqueador Adélio, em torno do qual não faltam coisas estranhas acontecendo, como o adiamento do término do inquérito da Polícia Federal para as vésperas das eleições.

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Mas é possível também que o assunto a ser explorado seja outro. Uma calúnia bombástica qualquer contra Haddad ou o PT, por exemplo. Criatividade para este tipo de coisa o establishment midiático-judicial tem de sobra.

Em 1989, depois de encerrado o horário eleitoral no rádio e na televisão, agentes das trevas entraram em cena fraudando a edição do debate Lula versus Collor e vestindo camisas do PT nos sequestradores de Abílio Diniz.

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Tudo isso sem que a campanha de Lula contasse mais com seu programa na TV para denunciar a vilania. Nas eleições seguintes, o PT seguiu incorrendo no mesmo erro, aceitando passivamente que o último ato de campanha fosse o debate da Globo.

Em 2014, coube a outra digna representante do jornalismo de esgoto praticado no país, a revista Veja, a tentativa desesperada de interferir no resultado do segundo turno disputado entre Dilma e Aécio.

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Pela primeira vez, a revista antecipou a circulação da edição semanal da revista para a quinta-feira anterior ao domingo da eleição, estampando na capa o título “Eles sabiam”, ilustrado pelas  fotos de Lula e Dilma.

Não resta outra alternativa à campanha Haddad/Manuela que não seja montar uma verdadeira operação de guerra nos últimos dias de campanha. Não custa o candidato alertar em suas inserções finais na TV sobre o risco de mais uma armação dos inimigos do povo para macular as eleições. É importante também que desde já figuras públicas do PT, PCdoB e dos movimentos sociais denunciem a ameaça ao processo eleitoral que paira no ar.

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Vídeos devem ser gravados previamente e estocados, para serem usados para mobilizar a militância. Todo o aparato jurídico possível deve estar pronto para agir e entrevistas coletivas precisam ser convocadas imediatamente com a imprensa internacional, principalmente, assim que o ataque for consumado.

Enfim, só não dá é para ser pego de calças curtas mais uma vez. O que está em jogo é não só o resgate da democracia, mas sobretudo  o futuro do Brasil como nação.

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