“Dano Bolsonaro”, o índice que já nasceu inflacionado

Se Bolsonaro não parar de dizer o que bem entende, assim que chegar no Palácio do Planalto vai quebrar o Brasil; gerar uma guerra civil; e de quebra atrair para o território nacional a ira de movimentos anti semitas

“Dano Bolsonaro”, o índice que já nasceu inflacionado
“Dano Bolsonaro”, o índice que já nasceu inflacionado (Foto: Valter Campanato - ABR)


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Antes mesmo de tomar posse, o fator "dano Bolsonaro" - índice inaugurado no Brasil da era golpista 2 - já nasce inflacionado.

Parece até aquela história: a coisa já está ruim, o cara chega, liga o ventilador, e espalha futum pra todo lado.

Se Bolsonaro não parar de dizer o que bem entende, assim que chegar no Palácio do Planalto vai quebrar o Brasil; gerar uma guerra civil; e de quebra atrair para o território nacional a ira de movimentos anti semitas.

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Por que? Ora, porque ...

Resultado de seu desconhecimento de como funciona a economia, os problemas sociais e a política externa de um país.

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Se não fosse tão mal informado saberia que a diplomacia brasileira mantém há décadas posição de equilíbrio em relação ao conflito entre israelenses e palestinos, porque os países árabes que apoiam a Palestina são, exatamente, o quinto destino de nossas exportações.

Olha só o ventilador ligado:

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O Egito cancela com apenas três dias de antecedência importante encontro entre o ministro Aloysio Nunes, o chanceler e o presidente egípcio.

Vinte empresários brasileiros, já no Egito para rodas de negociação, vão voltar de mãos abanando.

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O 2º Fórum Brasil-Egito de oportunidades de investimento, que aparecia com destaque na página da Câmara de Comércio Brasil-Árabe, foi também cancelado, sem nova data.

De janeiro a setembro deste ano, o Brasil exportou US$ 1,4 bilhão ao Egito. Não é pouco.

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Será que os exportadores de carne bovina, frango, milho, açúcar e minérios que porventura apoiaram a candidatura Bolsonaro estão felizes? Ou já começaram a se arrepender?

A ONU não reconhece Jerusalém como capital de Israel. O setor oriental (árabe) da cidade, ocupado pelos israelenses na Guerra dos Seis Dias, em 1967, é reivindicado pelos palestinos como capital de um futuro Estado independente.

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Na época, a guerra envolveu Israel e os países árabes - Síria, Egito, Jordânia e Iraque apoiados pelo Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão - tendo sido a mais consistente resposta árabe à fundação do Estado de Israel.

Ou seja, estamos comprando briga com, no mínimo, 8 países, e certamente de lá pra cá com os demais que aderiram à causa palestina.

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O Brasil e o povo brasileiro não vão ganhar absolutamente nada com o anúncio de mudança da embaixada brasileira para Jerusalém. Todos vimos o número de mortes causadas por esse capricho de Trump em mudar a embaixada americana em Israel apenas para demonstrar poder.

O que podemos conseguir, além de perder dinheiro é atrair para cá a fúria de movimentos anti semitas internacionais.

Que necessidade imbecil é essa de demonstrar vassalagem aos EUA copiando suas ações? Nem na ditadura militar os generais brasileiros se submeteram tanto, e em troca de nada, aos EUA.

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