Carteira verde e amarela: passaporte para o inferno

O que esse "passaporte para o inferno" vai fazer é criar uma subcategoria de trabalhadores no Brasil, que terão que negociar diretamente com o patrão as condições do contrato de trabalho, sem o apoio de seu sindicato e independente das leis que existem no país



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A notícia mais terrível que ouvi, dentre todas as sandices anunciadas pelo Capiroto, é a extinção do Ministério do Trabalho e sua redução a uma secretaria do Ministério da Economia, sob o comando do banqueiro especulador Paulo Guedes.

O que eles pretendem com isso está claro: abocanhar R$ 76 bilhões do FGTS previsto para este ano e dos anos a seguir, e que legalmente é destinado ao financiamento de moradias, à indústria e outros meios de geração de emprego.

A ameaça de dilapidação de um fundo que é dos trabalhadores, vai sepultar definitivamente qualquer programa de incentivo à compra da casa própria e de moradias populares no Brasil.

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Outra loucura com cheiro de Terceiro Reich é a criação dessa carteira verde e amarela que ao contrário do que querem fazer crer, não representa patriotismo, nem ordem, nem muito menos progresso como prega nossa bandeira.

O que esse "passaporte para o inferno" vai fazer é criar uma subcategoria de trabalhadores no Brasil, que terão que negociar diretamente com o patrão as condições do contrato de trabalho, sem o apoio de seu sindicato e independente das leis que existem no país.

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O Capiroto foi claro a respeito. Para ter mais trabalho, o trabalhador terá que se sujeitar a ter menos direitos.

Ora, num país onde existem 14,5 milhões de desempregados formais; que juntamente com aqueles que estão sem emprego mas não estão procurando emprego; somando-se com os subempregados o país chega ao número de 65 milhões de pessoas.

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Diante desta realidade, o trabalhador não terá a mínima condição de exigir nada, aceitará qualquer proposta para alimentar sua família.

Assim como os brasileiros se manifestaram diante do golpe e de tantas injustiças que se espalharam pelo país nos últimos dois anos resistiremos a mais essa.

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É urgente que as centrais sindicais se unam em torno da organização de uma greve geral para o início de 2019. Não podemos aceitar inertes ao assassinato de 88 anos de luta pelos direitos trabalhistas brasileiros.

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