Matadas no peito

O que teme Flávio Bolsonaro? Por que não depõe e explica a íntima relação de Queiroz com Jair e seus filhos?

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O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, famoso por oferecer "matadas no peito" quando buscava apoio político para chegar à corte, suspendeu a investigação criminal que apura as movimentações financeiras para lá de suspeitas do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz. Curioso é que não foi Queiroz quem pediu a suspensão, mas o próprio filho do presidente da República. Ou seja, demonstrando medo da investigação, o filho do presidente, senador eleito, corre ao STF e encontra a proteção injustificada e absurda do ministro Fux. O que teme Flávio Bolsonaro? Por que não depõe e explica a íntima relação de Queiroz com Jair e seus filhos?

O ex-assessor Queiroz já faltou aos depoimentos e justificou-se com uma internação para tratar uma suspeita e conveniente doença. Já apareceu dançando cinicamente com sua família, dentro do Hospital Albert Einstein, incompatível com sua situação financeira e, coincidentemente, o mesmo no qual o presidente, então candidato, esteve internado para recuperar-se do também conveniente esfaqueamento, que o permitiu fugir de debates e fazer papel de vítima. Queiroz tem contra si todos os indícios de que organizava um esquema de arrecadação ilegal de salários de assessores, inclusive, de familiares que tinham outras ocupações, e lavagem de dinheiro para fins políticos ou de enriquecimento ilícito.

A decisão de Fux, inexplicável, pois trata-se apenas de uma investigação e não há ainda nem mesmo a denúncia, escancara a relação promíscua entre os poderes e os interesses mais inconfessáveis de bom relacionamento entre o ministro e a família do presidente, que fará mais de uma dezena de indicações às cortes superiores do poder judiciário, em seu mandato.

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Assim como a prisão de Lula, e o indeferimento de sua candidatura, ao arrepio da lei e da jurisprudência eleitoral do TSE, essa decisão escancara a ausência de isenção de certos ministros do STF e demais tribunais. Cada vez mais fica claro o estado de exceção que vivenciamos e que só a luta do povo pode recuperar o estado democrático de direito, para o povo e a Nação.

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