A Petrobras é, e sempre foi, altamente produtiva e lucrativa, mas está sendo destruída

A descoberta do pré-sal, que deveria ser a grande esperança do povo brasileiro para a transformação econômica do país, fez ressurgirem forças poderosas contra a maior empresa nacional

PLATA1 - ES - 15/07/2010 - PLATAFORMA/PRE-SAL - ECONOMIA OE JT - Plataforma FPSO Capixaba, que trabalha na produção do pré-sal, no Campo Baleia Franca, no litoral do Espírito Santo. Foto: MARCOS DE PAULA/AGENCIA ESTADO/AE
PLATA1 - ES - 15/07/2010 - PLATAFORMA/PRE-SAL - ECONOMIA OE JT - Plataforma FPSO Capixaba, que trabalha na produção do pré-sal, no Campo Baleia Franca, no litoral do Espírito Santo. Foto: MARCOS DE PAULA/AGENCIA ESTADO/AE (Foto: Cláudio da Costa Oliveira)


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A descoberta do pré-sal, que deveria ser a grande esperança do povo brasileiro para a transformação econômica do país, fez ressurgirem forças poderosas contra a maior empresa nacional.

O interesse internacional nas novas reservas descobertas recebeu o apoio imediato da grande mídia entreguista, capitaneada pela Rede Globo, via Carlos Alberto Sardenberg e Miriam Leitão.

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Já em 2008, em artigo, Carlos Alberto Sardenberg vaticinava: “O pré-sal só existe na cabeça do governo”.

Em 2009 Miriam Leitão admitia: “O petróleo existe, mas a Petrobras não tem tecnologia para extração em tais profundidades”.

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A Petrobras desenvolveu tecnologias, recebeu os maiores prêmios internacionais, e começou a extrair óleo do pré-sal. Miriam Leitão se corrigiu e em artigo afirmou: “A Petrobras consegue extrair o petróleo, mas o custo é economicamente inviável”

A Petrobras desenvolveu novas tecnologias, recebeu mais prêmios internacionais, e reduziu o custo de extração para US$ 8 o barril, o mais baixo custo entre todas as majors.

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Pressionados e sem argumentos, os jornalistas inventaram a maior das mentiras da década, uma grande calúnia: “A empresa está muito endividada, a maior dívida do mundo. Tem problemas financeiros e não tem capacidade para explorar o pré-sal.”

A campanha foi tão forte que a maioria do povo brasileiro passou acreditar, e ainda acredita, como se isso fosse verdade.

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No final de abril de 2016 artigo de Carlos Alberto Sardenberg afirmava: “ Quebraram a estatal, ela vai precisar de aportes do tesouro para se salvar. A empresa só não entrou em acordo judicial ainda porque é uma estatal”

O ano de 2016 passou e não houve nenhum acordo judicial e muito menos aporte do tesouro, pelo contrário, em dezembro de 2016 a Petrobras fez um adiantamento de R$ 17 bilhões para o BNDES, aliviando seu caixa.

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Ou seja, estes pseudojornalistas falam o que bem entendem prejudicando a Petrobras e o país, não se retratam, e fica tudo por isso mesmo.    

Analisando os balanços da Petrobras, vamos verificar que a empresa apresentou lucro de 1991 a 2013. Ou seja, foram 22 anos de lucros constantes, o que é o normal, pois a companhia está estruturada para lucrar sempre.

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A partir de 2014, dentro do processo de desmonte da empresa, para forçar resultados negativos, aproveitando os efeitos da Operação Lava Jato, passaram a ser usados ajustes contábeis (impairments), uma prática que foi introduzida na contabilidade brasileira só a partir de 2010.

A então presidente da Petrobras, Graça Foster, chegou a anunciar para a imprensa que o impairment de 2014 seria de R$ 88 bilhões. Posteriormente o valor caiu para a metade (R$ 44 bilhões). Já o mercado calculava que este valor não poderia superar R$ 20 bilhões.  

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Além dos R$ 44 bilhões de impairment, em 2014 foram lançados também mais R$ 6 bilhões por perdas em corrupção no processo Lava Jato. Este valor foi calculado como sendo 3%  de um valor de contratos de R$ 200 bilhões. Simples assim.

O fato é que o resultado da Petrobras foi artificialmente onerado em R$ 50 bilhões (44 + 6) no exercício de 2014.

A consequência disto tudo é que na CVM-Comissão de Valores Mobiliarios, foi aberto o processo administrativo RJ-2015-3346, que avalia a validade destes lançamentos de 2014. Normalmente os processos da CVM são públicos, podendo ser acessados por qualquer cidadão brasileiro. Para este processo, no entanto, a CVM não está permitindo vistas, alegando “Proteção dos interesses das partes” O processo já conta com mais de 1000 páginas.

Para o balanço de 2015 foi encontrada uma nova justificativa para novos impairments: a queda o preço do barril.

Com base nisto a direção da Petrobras fez um ajuste absurdo nos valor das reservas da empresa, causando um novo registro contábil de perda de R$ 50 bilhões. Nenhuma das grandes petroleiras do mundo fez este tipo de ajuste, justificando que a volatilidade do preço do petróleo, não recomendava este tipo de contabilização.

O problema é ainda mais grave, quando todos sabemos que as reservas do pré-sal, que são as maiores, não estão registradas no balanço da empresa. Para que reduzir valor de reservas, quando a maior parte não está sequer contabilizada?  

Em função disto, novo processo administrativo foi aberto na CVM com o número SP-2016-182 para avaliar o impairment de 2015. Este processo ainda pode ser acessado pelos cidadãos brasileiros.

Esta mesma sistemática de 2015 foi realizada no balanço de setembro de 2016, considerando posteriores quedas no preço do barril foi feito um impairment de R$ 17,8 bilhões.

Mas todos esses lançamentos buscam apenas iludir os mais desavisados. Eles só tem efeito contábil. Não tem efeito financeiro. Ou seja, estes lançamentos não afetam o caixa da empresa. Na verdade a companhia estruturalmente continua a ser a mesma, altamente lucrativa e forte geradora de caixa.

Para comprovar o que estamos falando vamos dar uma olhada nos números auditados e publicados nos últimos anos, começando pelo resultado econômico:

 Notem que se retirarmos os ajustes contábeis feitos, a empresa apresentaria lucro em todos os exercícios.

Vamos ver como se comportou o caixa da companhia neste período :  

                             

A empresa apresentou saldo de caixa elevado durante todo o período. Interessante notar que nos anos de prejuízos (2014 a 2016) causados pelos ajustes, o caixa é mais elevado.

Vamos olhar como evoluiu a liquidez corrente. Para quem não sabe, liquidez corrente é apurada pela divisão do ativo corrente pelo passivo corrente. Ela representa o quanto a empresa dispõe de recursos para saldar seus compromissos no curto/médio prazos (1 a 2 anos).

Tomando como exemplo 2016, a liquidez corrente de 1,75 significa dizer que para cada R$ 1 que a empresa tem para pagar nos próximos 1 a 2 anos, ela dispõe de R$1,75. Portanto uma situação financeira bem confortável.

Um saldo de caixa robusto e uma liquidez corrente confortável por tanto tempo, mostram exatamente o inverso do afirmado pelos pseudojornalistas da Globo.

Mas vamos um pouco mais adiante, vamos ver a geração operacional de caixa da companhia. Para quem não sabe geração operacional de caixa é o recurso que sobra, após o pagamento de todos os custos e despesas da empresa, e que podem ser usados para pagamentos de dívidas e em novos investimentos.

 

Notem que em todo o período a geração operacional de caixa é superior a US$ 25 bilhões, o que representa aproximadamente 25% de sua dívida de US$ 110 bilhões. Ou seja, se quiser a empresa pode amortizar sua dívida em apenas 4 anos. Que grande endividamento é este ?

Agora vamos então falar um pouco sobre a dívida da Petrobras, que foi gerada no período de 2011 a 2014, quando a empresa investiu mais de US$ 200 bilhões, uma média superior a US$ 40 bilhões/ano, principalmente no pré-sal, desenvolvendo a indústria nacional e gerando milhões de empregos.

Em dezembro de 2014 a dívida alcançou o seu auge com o valor de US$ 120 bilhões. Em dezembro de 2015 ela havia caído para US$ 111 bilhões e em setembro de 2016 era de US$ 110 bilhões. Ocorre que esta dívida por ter sido contraída principalmente na moeda americana US$, oscila com a variação cambial. Isto é muito importante para quem está olhando a evolução dos valores em R$, pois em dezembro de 2014 o dólar valia R$ 2,66, em dezembro de 2015 passou para R$ 3,97, e em setembro de 2016 caiu para R$ 3,45. Vejam que, considerando o valor em R$ o menor valor da dívida estaria em 2014, onde o valor em US$ é o maior.

Mas o que queremos demonstrar é que a receita bruta anual da Petrobras,  que é superior a R$ 400 bilhões, só foi um pouco superada por sua dívida em dezembro de 2015, em função da elevação do cambio. Portanto a dívida é perfeitamente compatível com a capacidade da empresa, podendo até ser aumentada substancialmente, sem nenhum problema.

É normal uma empresa em fase de investimento ter uma dívida superior a 2 vezes sua receita anual.  

A dívida da Vale, por exemplo, é 25% superior à sua receita bruta anual e ninguém diz que a empresa está muito endividada.

Não canso de lembrar que qualquer um que entre no site da Caixa Econômica em busca de um financiamento imobiliário e indique uma receita anual de R$ 100 mil, vai verificar que pode obter um empréstimo superior a R$ 200 mil. Ou seja, mais do dobro da renda anual.

Em suma, é preciso desmistificar esta balela criada pela rede Globo, que está sendo utilizada por administradores sem nenhum escrúpulo, como motivo para desmantelar a empresa , vendendo seus ativos de forma ilegal e a preço de banana e entregando a exploração do pré-sal para empresas estrangeiras.

Grande parte do desemprego que hoje assola o Brasil está sendo criado por esta política de lesa-pátria que foi implantada na Petrobras. O povo brasileiro, verdadeiro proprietário da empresa, precisa ter conhecimento destes fatos e reagir. 

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