A atípica gestão municipal do Rio

A cidade encarando o abandono e a sempre desculpa de crise, insistentemente apontada pelo prefeito que ao que parece, no seu entender, sua função se limita em apontar problemas e culpados se eximindo de solucioná-los

A atípica  gestão municipal do Rio
A atípica gestão municipal do Rio (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)


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Em 2016 o Brasil fervia com as expectativas para as eleições que escolheriam os cargos de prefeitos e vereadores de seus municípios.

O Rio de janeiro, em particular, trazia como pretendentes a vaga de prefeito dentre outros, Marcelo Crivella, Pedro Paulo, então apadrinhado do prefeito Eduardo Paes, Flávio Bolsonaro, Jandira Feghali , Índio da Costa, Osório, Alessandro Molon e Marcelo Freixo. A largada no segundo turno , como já  sabido, ficou entre o candidato do PSOL Marcelo Freixo e Crivella.

Marcelo Crivella, PRB, venceu o candidato do PSOL carregando a promessa de cuidar das pessoas.

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Crivella nos primeiros anos passou justificando suas falhas em função da gestão anterior. Desculpa esta que ficou desgastada, não  que a gestão de Eduardo Paes tenha sido maravilhosa, a questão  é  que não  havia mais como direcionar a culpa à gestão anterior, pois Crivella já estava a quase 2 anos como prefeito da cidade.

Saúde e educação sofreram e ainda sangram com os cortes promovidos pelo prefeito, profissionais das respectivas áreas se esforçam para manter a maquina do município funcionando e atendendo as pessoas apesar do descaso do prefeito com seus funcionários que além de contar com o descompromisso ainda tiveram as datas de pagamento alteradas por decreto.

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A cidade encarando o abandono e a sempre desculpa de crise, insistentemente apontada pelo prefeito que ao que parece, no seu entender, sua função se limita em apontar problemas e culpados se eximindo de solucioná-los. A cidade passou a responder a cada chuva, por menor tempo que fosse, com alagamentos, transtornos e prejuízos para o comércio que diante dessa gestão atípica  já fazem parte da expectativa do carioca.

O Rio já vinha dando sinais de socorro, em 2017 quando uma chuva provocou o caos na cidade o prefeito que a considerou “atípica ” se pronunciou em entrevista ao site G1 de 21 de Junho de 2017:

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Segundo ele, a chuva desta terça foi atípica. "A gente tinha imaginado que as chuvas tinham acabado em março. Nunca imaginávamos que no meio do ano tivesse uma chuva tão forte. As galerias vão ter que ser revistas, sobretudo aqui na Zona Sul, onde tivemos alagamentos inesperados, imprevisíveis. Eu nunca imaginei ver essa área tão cheia. Tivemos surpresas e vamos tomar providências", disse

Agora em 2019, a gestão viciada em tropeços e descompromissos enfrenta investigação na Câmara Municipal, o que pode gerar a abertura de um processo de impeachment do prefeito.

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A omissão, o desaparecimento do prefeito durante o temporal que culminou com a morte de 10 pessoas, desabamentos, enchentes. Seu desprezo ao carnaval carioca deixando como marca a sua não participação na entrega das chaves da cidade ao Rei Momo, uma tradição que já fazia parte do inicio da festa popular.

Um comportamento que transmite uma mensagem seletiva que implica no comportamento esperado de uma gestão municipal que deve abraçar a todas e todos com o mesmo calor, independente de raça e religião.

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“O carnaval, além  de fazer parte da cultura promove a cidade para o turismo e comércio ,garante a criação de dezenas de postos de emprego diretos e indiretos.”

As denúncias de favorecimento a pessoas indicadas para realização de cirurgias de catarata, a sensação de desgoverno que tomou conta da cidade e sua visão particular de Rio da esculhambação fazem dessa gestão a mais atípica de todas.

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