O STF, além de afrontado, será ridicularizado por Eduardo Cunha

Não seria de todo imperioso que o ministro Teori Zavascki subtraísse apenas um único dia útil de suas sagradas férias judiciárias para deter o avanço de práticas criminosas partindo do deputado Eduardo Cunha e que já começam a se esboçar no horizonte?

Não seria de todo imperioso que o ministro Teori Zavascki subtraísse apenas um único dia útil de suas sagradas férias judiciárias para deter o avanço de práticas criminosas partindo do deputado Eduardo Cunha e que já começam a se esboçar no horizonte?
Não seria de todo imperioso que o ministro Teori Zavascki subtraísse apenas um único dia útil de suas sagradas férias judiciárias para deter o avanço de práticas criminosas partindo do deputado Eduardo Cunha e que já começam a se esboçar no horizonte? (Foto: Daniel Quoist)


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Depois de tantas ilicitudes, tantas manobras e tão criativas formas de abuso de poder político e institucional, praticadas pelo presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, chama a atenção quão ingênua pode ser a nossa Corte Suprema ao decidir nas últimas 48 horas postergar para favereiro de 2016 a análise do pedido feito pela Procuradoria-Geral da República para destituir o deputado carioca da presidência da Câmara e privá-lo também do mandato parlamentar.
 
Acumulam-se, qual montanha de neve, provas contundentes e robustas, insofismáveis até, que Eduardo Cunha tem praticado variado naipe de crimes - corrupção atva, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, venda de Medidas Provisórias, achaques a empresários investigados na operação Lava Jato, chantagem a empresários e a parlamentares desafetos com a criação a toque de caixa de Comissões Parlamentares (CPIs), obstrução ao funcionamento regular do Conselho de Ética que está para julgar processo que pode passar na lâmina seu mandato. 
 
E tudo isso é apenas o que já foi divulgado nos telejornais e na imprensa escrita, além dos mais rápidos e confiáveis meios jornalísticos virtuais - portais, sites e blogues na internet. 
 
Agora, imagine-se tudo o que ainda não recebeu publicidade acerca dos crimes, manobras e estripulias adredemente levadas a cabo pelo notório deputado carioca.
 
É de fazer corar de vergonha a máfia italiana dos idos de 1950/1980.
 
E a cada novo dia vêm à luz novos indícios de crimes, novas suspeitas, novas delações incriminando Eduardo Cunha - os valores das propinas que se alega ter recebido ulrapassam a casa dos R$ 58.000.000,00 e ao menos adicionais USD 8,000,000.00, considerando-s apenas valores ilícitos encontrados em suas contas na Suíça.
 
Não obstante tal quadro de reiteradas condutas criminosas o Brasil precisa saber pir quais motivos o STF concedeu mais de dois meses de inteira liberdade para Eduardo Cunha continuar agindo como age, preparando novas manobras casuísticas para driblar, tornar sem efeito e mesmo obliterar recentes decisões do STF quanto aos ritos a serem o servados no processo de impeachment em análise na Câmara dos Deputados. 
 
E planeja fazer isso, tornar letra morta decisões da Corte Suprema através de alterações substanciais e casuística no Regimento da Casa que preside.
 
Ficará o STF inerte ante tudo isso?
 
Não seria de todo imperioso que o ministro Teori Zavascki subtraísse apenas um único dia útil de suas sagradas férias judiciárias para deter o avanço de práticas criminosas partindo do deputado Eduardo Cunha e que já começam a se esboçar no horizonte?
 
Tomaria decisões rapida e monocraticamente e anunciaria que o mérito seria levado análise do pleno do Supremo nos orineiros dias de fevereiro próximo.
 
Que mal haveria ao agir assim, preliminarmente, visando proteger o bem maior, a democracia, oestadode direito?
 
Será que o STF, tão diligente e eficiente ao punir, à velocidade do relâmpago, o senador Delcídio do Amaral, com base apenas em gravações de conversas, perdeu completamente o senso de urgência, mesmo vendo afrontada sua autoridade máxima por uma pessoa contra quem pesam tantas acusações?

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