Conjuntura eleitoral a 60 dias das eleições

"Se os votos brancos, nulos e abstenções alcançarem 33%, o candidato que tiver 20% dos votos baterá em 30% dos válidos e estará praticamente no segundo turno. Em suma, Bolsonaro precisa pelo menos manter-se", avalia o colunista do 247 Daniel Samam; "O PT tem de transferir dois terços do voto de Lula e Alckmin precisa atropelar Marina, Álvaro Dias e ir para o embate direto com Bolsonaro", diz ele

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A aliança de Geraldo Alckmin (PSDB) com o "centrão" e a indicação da senadora ruralista gaúcha Ana Amélia (PP) como vice na chapa animou setores do mercado financeiro, além de parte do empresariado e do establishment político. Tal unidade dá condições para a continuidade do consórcio golpista no Planalto. Alckmin está bem com o establishment e exibe um robusto arco de alianças. Porém, não está nada bem com o eleitor.

O movimento junto ao "centrão" isolou as candidaturas de Álvaro Dias (Podemos), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT). Por outro lado, tende a garantir a presença do PT no segundo turno, com ou sem Lula. É verdade que o PT não dispõe de um arco de alianças amplo - apenas com o PCdoB, PROS e PCO -, mas está sintonizado com o eleitor de esquerda e, sobretudo, o eleitor lulista. Mesmo preso, Lula detém 30% de intenções de voto e o apoio ao PT está consistente, na casa dos 20%. Nenhum outro candidato ou partido chega perto desses números.

Num segundo turno contra Bolsonaro, todos acreditam ter boa chance de ganhar. E não é uma aposta sem fundamento. O capitão-boçal do PSL mostra resiliência, mas ainda pouca capacidade de ampliar para além de sua claque. Sim, eu disse "ainda", pois Bolsonaro sobreviveu com aparente tranquilidade a duas sabatinas na TV (no Roda Viva, da TV Cultura; e na GloboNews), superando as dúvidas sobre sua capacidade de aguentar os bombardeios da mídia. E ele está de bem com seu eleitor.

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Se os votos brancos, nulos e abstenções alcançarem 33%, o candidato que tiver 20% dos votos baterá em 30% dos válidos e estará praticamente no segundo turno. Em suma, Bolsonaro precisa pelo menos manter-se. O PT tem de transferir dois terços do voto de Lula e Alckmin precisa atropelar Marina, Álvaro Dias e ir para o embate direto com Bolsonaro.

A ver.

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