Bolsonaro é um governo pró-miséria

Não é demais lembrar que, até pouco antes de ser candidato à Presidência, Bolsonaro chamava o BF de Bolsa Vagabundo. Desde a MP 871, passando pelos cortes do BF, chegando a mais recente declaração do ministro da Educação, segundo a qual a universidade não é para pobres, fica claro que o atual governo é uma reedição dos governos de FHC, porém mais radical 

Bolsonaro é um governo pró-miséria
Bolsonaro é um governo pró-miséria (Foto: Alan Santos - PR)


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As atuais conjunturas política, econômica e social são um exemplo do que foi capaz a campanha de ódio ao Partido dos Trabalhadores (PT), desde 2005, mas com radical aprofundamento, a partir de 2014. Ser de esquerda, mas, principalmente petista, passou a ser considerada uma doença.

Os 12 anos de PT foram resumidos numa única palavra, corrupção. Milhões de pessoas foram às ruas apoiar um golpe, com o Supremo, com tudo, para colocar o Temer.

Dois anos depois, mesmo diante dos ataques dos golpistas contra a classe trabalhadora e contra o patrimônio nacional, o ódio venceu a esperança e uma campanha mentirosa, ofensiva e sem programa, foi a vencedora.

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As primeiras decisões dão bem a media do interesse do atual governo. Conhecido pelos recuos nas decisões é também o de patriotas de outras nações que entregam as reservas naturais e as empresas nacionais, ferramentas fundamentais para transformar o potencial energético em efetivo produto a serviço do desenvolvimento do País. É uma versão aprofundada de Temer.

A MP 871, por exemplo, vai suspender o pagamento de milhões de pessoas que recebem apenas um salário mínimo. E a mais recente notícia desse governo conta que ele não apenas cortou 381 mil pessoas do programa Bolsa Família, como reduziu o valor médio dos benefícios, para R$ 187. O País vivendo uma recessão, com altíssimo índice de desemprego e o governo corta da população que utiliza esse parco recurso para se alimentar.

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Recente pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz estima que, durante os primeiros oito anos do programa Bolsa família, criado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 2003, pode ter evitado o assassinato de 58 mil pessoas. Ainda segundo a Fiocruz, nos municípios onde a cobertura alcança 70% da população, os homicídios foram reduzidos em 17%, em um ano e que, após 24 meses de programa, esse tipo de morte caiu 24%.

Somente a inoculação de muito ódio impede as pessoas enxergarem a diferença entre as propostas para a população. Enquanto os governos do PT procuraram ampliar o acesso dos mais pobres a condições minimamente decentes de vida, os governos Temer e Bolsonaro privilegiam a elite e retiram direitos dos mais pobres.

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O insuspeito Fundo Monetário Internacional, de quem Temer e Bolsonaro são prosélitos, exultou, num relatório de 2015, o vanguardismo e o sucesso do BF. Segundo o FMI, o programa chegou a atender, até 2014, 14 milhões de famílias, ou quase 50 milhões de pessoas, que passaram a fazer três refeições por dia, a um custo que não chega a 0,6% do PIB. A cada R$ 1,00 pago pelo programa, retorna para a formação do PIB, R$ 1,78.  A partir de 2011, primeiro governo Dilma, o programa foi ampliado com o Brasil Sem Miséria. Segundo dados do FMI, desde então, 22 milhões de pessoas retiradas da miséria e, em 2012, a ONU declarou o Brasil fora do Mapa da Fome.

Não é demais lembrar que, até pouco antes de ser candidato à Presidência, Bolsonaro chamava o BF de Bolsa Vagabundo. Desde a MP 871, passando pelos cortes do BF, chegando a mais recente declaração do ministro da Educação, segundo a qual a universidade não é para pobres, fica claro que o atual governo é uma reedição dos governos de Fernando Henrique Cardoso, porém mais radical nos cortes de programas sociais e no impedimento de ascensão econômica e social dos pobres. É um governo claramente contra o Brasil e sua população historicamente sem voz. Ou a população reage e ocupa as ruas, ou, em breve, será restituída a escravidão.

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