Para evitar novos desastres, governo de SP precisa rever suas prioridades

A conta precisa fechar. O futuro é feito com formação em educação, cultura, esportes e não no presídio. Esse sistema precisa formar cidadãos e não vilões

A conta precisa fechar. O futuro é feito com formação em educação, cultura, esportes e não no presídio. Esse sistema precisa formar cidadãos e não vilões
A conta precisa fechar. O futuro é feito com formação em educação, cultura, esportes e não no presídio. Esse sistema precisa formar cidadãos e não vilões (Foto: Luiz Fernando Teixeira)


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Os massacres que culminaram na morte de dezenas de presidiários nas regiões Norte e Nordeste do país mostram que algumas práticas já deviam ser revistas. A conta não fecha. Quando o Estado aplica mais recursos no sistema carcerário do que na área da educação é sinal que ele caminha para o abismo.

Não estou criticando o valor investido na reinserção de pessoas que contrariaram a lei. Acredito que todo ser humano pode errar, deve pagar por seus erros e, nos termos da lei, ainda assim, ser tratado como cidadão. Apenas pondero que se o governo pensar em longo prazo, é melhor ampliar os recursos na formação de valores para futuramente não precisar gastar com a correção de atividades criminosas.

A conta precisa fechar. O futuro é feito com formação em educação, cultura, esportes e não no presídio. Esse sistema precisa formar cidadãos e não vilões.

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Dados de 2015 do Fundeb mostravam que o Governo de SP investia, até então, R$ 3.787,86 por ano em cada estudante do Ensino Médio, enquanto dados do Consej do mesmo ano mostravam que a mesma administração desembolsava anualmente R$ 16,8 mil por presidiário.

No orçamento para 2017 que o governador Alckmin enviou e aprovou na Alesp, os cortes nas três áreas que formam nossas crianças e jovens foram tremendos, porém para a segurança pública há previsão de crescimento dos investimentos.

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Em 2016, São Paulo se tornou o primeiro Estado do país a ter um CDP com automação nas portas da cela e viu seu governo aumentar os gastos com armamento. Por outro lado, o mesmo governo tentou uma reorganização do ensino que previa o fechamento de escola e pretendia cortar R$ 2 Bi da Educação. Além disso, ele esvaziou o principal programa de Alfabetização e cortou 78% da verba utilizada para construir novas Escolas Técnicas.

Precisamos dar um giro de 180º e olhar para o futuro. São Paulo precisa rever suas prioridades. Precisamos investir em educação, esportes e cultura. Devemos cuidar de nossas crianças e jovens e, não como vem o governo paulista fazendo, assim como fez Pilatos, lavando as mãos.

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Os jovens não podem ser tratados como problema e, sim, como solução. Se quisermos um estado mais seguro, temos que formar uma geração melhor. Não é com bala, com cassetete, com algemas, mas – sim – com giz, lápis, cadernos, quadras, música, teatro, diálogo, respeito e amor. A prioridade a ser trabalhada é o cuidado, a disputa de nossos jovens com a criminalidade, com a ociosidade, com as drogas. Temos que investir nas crianças e jovens para amanhã fecharmos as Fundações Casa e os presídios!

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