A pinguela de Temer/ Parente desabou com a crise dos combustíveis

Sete governadores ja avisaram Michel Temer que não aceitam mais Pedro Parente no comando da Petrobras. A frente partidária progressista irá apoiar a greve dos petroleiros que se solidarizam com os caminhoneiros. Chega de falsos acordos e de mentiras para o povo. Agora é Fora Parente e garantia de eleições livres em outubro

A pinguela de Temer/ Parente desabou com a crise dos combustíveis
A pinguela de Temer/ Parente desabou com a crise dos combustíveis (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil e Lula Marques)


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* Um artigo publicado pelo jornal Liberation em novembro de 2017 trazia o título "Brasil o novo laboratório neoliberal" acusando um governo que teria 5% de aprovação de aprovar medidas de austeridade contra o povo que não há comparação em nenhum lugar do mundo como a PEC do Teto dos Gastos e a reforma trabalhista que retirou o protagonismo do Estado como protetor da relação Capital X Trabalho.

Os reflexos do desmonte acelerado do Estado Brasileiro, da entrega do patrimônio público e da perda da soberania nacional, são muitos. Queda dos salários dos trabalhadores, uma explosão de empregos informais, desocupados e desempregados na casa dos 27 milhões, volta da miséria, aumento dos índices de violência, desindustrialização precoce e dependência de produtos importados, entre outros problemas sociais que se agravam.

Os responsáveis por tal cenário desolador tem nome e sobrenome, a coalizão golpista Temer/PSDB que assaltou o poder promoveram o maior ataque ao Estado Brasileiro desde a redemocratização, acabou com a indústria nacional, atacou a soberania da Petrobras, persegue opositores políticos, o juiz Sergio Moro age como agente dos EUA, fornece informações para acionistas processarem a Petrobras na justiça norte-americana, participa de palestras para investidores de capital, é financiado por bancos e fundos privados de investimento.

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O sintoma mais grave dessa doença neocolonial foi sentido semana passada, a política desastrosa e anti-nacional de preços da Petrobras introduzida pelo tucano Pedro Parente, o mesmo do apagão da era FHC, que vinculou os preços dos combustíveis a variação do mercado internacional e ao preço do dólar, provocaram sucessivos aumentos nas bombas dos postos de gasolina. Desde que tal política foi adotada, a gasolina e o diesel tiveram alta de cerca de 55%.

Parente transformou a Petrobras em um condomínio fechado para lucros de fundos privados de capital, reduziu a capacidade de refino do petróleo brasileiro para 1/4 da capacidade instalada, assim viabilizou importações do petróleo refinado pela Petrobras de suas próprias concorrentes, principalmente dos EUA, as importações de combustíveis pelo Brasil no primeiro quadrimestre de 2018 subiram cerca de 34% em relação ao mesmo período do ano anterior, entre eles o diesel foi o principal produto importado.

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Essa política anti-nacional da Petrobras despertou a insatisfação da população, e principalmente nos trabalhadores do setor de transportes rodoviários que viam a cada dia os seus custos aumentarem por conta dos aumentos quase diários nos preços dos combustíveis. Uma greve dos caminhoneiros, articulada com um misto de espontaneísmo de trabalhadores autônomos, somado com ações de sindicatos e confederações patronais que pressionam o governo com seus interesses corporativistas.

A paralisação dos caminhoneiros pressionou o bloco que está no poder e mostrou as contradições do golpe, os golpistas racharam, o congresso não falou a mesma língua de Michel Temer, Cassio Cunha Lima do PSDB e vice-presidente do Senado Federal chegou a pedir a demissão de Pedro Parente do comando da Petrobras.

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Com a greve ja durando 8 dias, a crise de desabastecimento alterou completamente a rotina do país, um sentimento de caos se espalha na população, a ameaça de paralisação de serviços essenciais como atendimento em hospitais e escassez de alimentos pode levar uma crise ainda maior.

O governo pressionado fez um acordo covarde e não enfrentou os principais problemas que causam a insatisfação popular, anunciou uma redução de 0,46 centavos no litro do diesel, sendo subsidiado pelo orçamento da União com a retirada de impostos como PIS/COFINS do diesel. Além de não contemplar a demanda pela redução da gasolina e do gás de cozinha, as medidas do governo podem custar 10 bilhões ao trabalhador contribuinte.

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Um debate sério sobre tributação não seria o povo financiar mais subsídios para a burguesia, seria uma reforma tributária justa e progressiva, o sistema tributário brasileiro é um dos mais regressivos do mundo, fazendo os pobres e a classe média comprometerem quase a metade de suas rendas com impostos e os ricos apenas 12% de suas rendas.

Além disso a Petrobras não pode servir para que alguns poucos rentistas abutres desfrutem dos seus lucros enquanto castiga a população brasileira com seus preços abusivos. O povo quer uma Petrobras estatal com todo seu potencial tecnológico e produtivo servindo aos interesses da nação, financiando o Estado e suas políticas sociais, o petróleo é o patrimônio do povo brasileiro.

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Sete governadores ja avisaram Michel Temer que não aceitam mais Pedro Parente no comando da Petrobras. A frente partidária progressista irá apoiar a greve dos petroleiros que se solidarizam com os caminhoneiros. Chega de falsos acordos e de mentiras para o povo.

Agora é Fora Parente e garantia de eleições livres em outubro. Se o governo golpista é responsável pela crise, ele que resolva, intervenção militar não será aceita pelos setores democráticos da sociedade. Michel Temer vai ficar no poder até acabar de derreter. O campo democrático progressista e popular irá vencer o projeto golpista neoliberal nas urnas, é a resposta que o povo quer dar, não há saída fora das eleições livres e do sufrágio universal.

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Todo apoio a luta política dos trabalhadores nesse momento de inflexão da história de nosso país, a retomada de um Estado soberano e nacional-desenvolvimentista virá no esteio da democracia. A direita não tem voto, não tem candidato, não tem projeto de país, seu governo ilegítimo desmoronou e até outubro só restarão os escombros espalhados por ai. Um governo que prometeu a ponte para o futuro, nos levou ao abismo do passado. A pinguela de Temer/Parente desabou e seus destroços destinam-se a lata de lixo da história.

*Com a colaboração de Bernardo Gomes, estudante de Gestão Pública, FAFICH/UFMG

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