Israel 1 X 1 Palestina

Quando se mistura política com esporte, o resultado nunca é bom. Neste caso, um desastre para os fãs do futebol que perdem a oportunidade de ver Messi e companheiros jogando

Quando se mistura política com esporte, o resultado nunca é bom. Neste caso, um desastre para os fãs do futebol que perdem a oportunidade de ver Messi e companheiros jogando
Quando se mistura política com esporte, o resultado nunca é bom. Neste caso, um desastre para os fãs do futebol que perdem a oportunidade de ver Messi e companheiros jogando (Foto: Mauro Nadvorny)


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Caiu como uma bomba ontem a noite a notícia de que a seleção Argentina desistiu do amistoso com a seleção de Israel que ocorreria neste próximo sábado.

Quando se mistura política com esporte, o resultado nunca é bom. Neste caso, um desastre para os fãs do futebol que perdem a oportunidade de ver Messi e companheiros jogando.

Desde que se anunciou o jogo para ser realizado em Jerusalém, a pressão palestina e do BDS subiu nas alturas. Autoridades árabes e palestinas condenaram esta decisão e crianças palestinas mandavam mensagens e vídeos direcionados especialmente a Messi para que não viesse jogar. Diziam que iriam queimar sua camiseta como forma de protesto. Jovens palestinos com a camiseta da seleção argentina, clamavam para que o jogo não ocorresse e finalmente assim foi.

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Para se compreender melhor o que aconteceu, preciso lembrar que há poucas semanas o consulado americano em Jerusalém mudou seu status para embaixada. A direita israelense foi aos céus e a extrema direita se regozijou em júbilo. Um gol de placa para Israel.

Entre os mais alegres com a decisão americana além de Nathanyau estava a ministra da cultura Miri Regev, a mesma que havia sido filmada entre a torcida do Beitar Yerushalaim entoando cantos com ataques racistas aos cidadãos árabes.

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O jogo entre as seleções tinha tudo para dar certo. Messi é uma unanimidade futebolística para todos os habitantes de Israel e da Palestina, mas Miri Regev queria tornar este encontro entre as seleções como mais uma afirmação política de que Jerusalém é a capital de Israel, sede da embaixada americana. E foi aí que a coisa desandou.

Cega por sua prepotência, ela não aceitou ponderações de que o jogo poderia se realizar em Haifa, uma cidade onde convivem israelenses judeus e árabes, ou até mesmo em Tel Aviv, uma cidade cosmopolita. Tão certa estava de si, que reservou 200 ingressos para membros de seu ministério que tiveram que devolver depois que a justiça foi acionada. Milhares de ingressos estavam sendo distribuídos para amigos e simpatizantes e somente 1/3 deles haviam sido postos a venda para o público. Uma indignação geral.

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Os palestinos que haviam perdido o jogo em relação a embaixada americana, precisavam de sua revanche e a receberam de Miri Regev. Ao insistir que o jogo se realizasse em Jerusalém ela uniu os palestinos de todos os espectros políticos em torno de sua paixão pelo futebol e num apelo uníssono para que ele não se realizasse, foram bem sucedidos. Desta vez os palestinos venceram, também com um gol de placa.

O governo de Israel já aponta o culpado, a Associação Palestina de Futebol e seu presidente, Jibril Rajoub. A direita israelense nunca olha para si mesma, na sede deles não existem espelhos. Nethanyau chegou a telefonar pessoalmente para Macri pedindo sua intervenção. Escutou dele que nada podia fazer. E assim estava selado o fim do jogo.

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Placar da rodada: Israel 1 x 1 Palestina. E a Argentina, bem isto é outro jogo.

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