“Milicos, golpes e a “fakeada”

A cena foi montada e o candidato Jair Bolsonaro sofreu um “fakeada”, jorrando um sangue incolor e cujo buraco na camiseta verde-amarela conseguiu se mover para a fotografia postada no Twiter de seu filho, tentando comover e atrair pessoas “de bem”, indignadas com a violência sofrida por aquele que a promove livremente



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Deram o golpe parlamentar em 2016 – inegável, até para quem não queria acreditar – para chegarem no que vivemos hoje: impedir Lula de ser candidato. Para a direita, apoiada como sempre pela mídia hegemônica, estava tudo certo. Plantaram até sementes de ódio e enalteceram novamente os milicos. Só não contavam com a vontade do povo em ter novamente Lula como presidente.

Para piorar a situação, seu candidato, o tucano “Alckmin Dead”, nasceu morto – talvez por ter comido merenda roubada ao molho do “Rouboanel”. Assim, restou à Globosta acolher um candidato facilmente manipulado que poderia – mas não vai conseguir – derrotar a esquerda nas urnas. Acreditavam que eliminando Lula, voltariam ao poder. Mas não contavam com a transferência dos votos para Haddad/Manuela.

Com menos de um mês, o que mais poderiam fazer? Ignoraram a ONU e seu Comitê dos Direitos Humanos – o que já deixará sob suspeita a eleição – mas Lula e sua chapa só crescem. Pesquisas omitidas indicariam que venceria no primeiro turno. Como sair dessa? Apelar para o plano B.

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Surgiu então um episódio que visava alavancar a segunda opção da direita: a de um presidenciável que destila ódio e pronuncia abusos aos quatro cantos e que seria facilmente manipulado. Uma marionete que fala pelos cotovelos, atraindo a atenção do povão, e quando confrontado, nega com a célebre frase de que “não foi bem assim” ou ainda grita e ofende, em clara demonstração de que perdeu a razão, principalmente contra mulheres.

A cena foi montada e o candidato sofreu um “fakeada”, jorrando um sangue incolor e cujo buraco na camiseta verde-amarela conseguiu se mover para a fotografia postada no Twiter de seu filho, tentando comover e atrair pessoas “de bem”, indignadas com a violência sofrida por aquele que a promove livremente.

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A tal facada, cheira nova armação política. Alguém viu sangue? A encenação toda incluiu “médicos” sem luvas manipulando o impronunciável – além de ser procedimento de segurança básico, existe ainda a chance de contaminação humana pelas secreções deste indivíduo, afinal, não se sabe ainda se o que acomete o mesmo: um dano psicológico ou doença contagiosa? A troco de que esses “médicos” correriam riscos?

Vale lembrar aqui – ainda mais porque a população, em sua maioria, não se atenta aos fatos históricos e acredita que tudo acontece inocentemente – o tal “acidente” com o então segundo colocado nas pesquisas eleitorais de 2014, Eduardo Campos, que ameaçava Aécio Neves (aquele mesmo que “mataria o primo”), o então predileto da direita.

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O “sequestro” do empresário Abílio Diniz, às vésperas da eleição de 1989, onde associaram os sequestradores ao PT, assim como a manipulação na maquiagem de Collor e Lula, no debate da Globosta, determinante para a eleição do “caçador de marajás” em tempos onde não existia informação verdadeira de fácil acesso.

Um pouco mais anteriormente, em 1996, o milico Newton Cruz foi procurado por Paulo Maluf para apoiar novo golpe militar caso Tancredo Neves fosse eleito – propondo, inclusive, a morte de Tancredo, conforme afirmou o tal general em entrevista a um jornal no ano de 2000. Curiosamente, Tancredo Neves morreu “adoentado”, cedendo o cargo para Sarney, alinhado com os militares. E o falso atentado contra Carlos Lacerda, na rua Tonelero, que culminou com o suicídio de Getúlio Vargas? Ou ainda o famoso caso “Rio Centro”, onde os milicos (“Brasil acima de tudo; Deus acima de todos”, na versão atual da “Marcha da família com Deus pela liberdade”) armaram a explosão de uma bomba para acusar a esquerda.

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Pois é, não é de hoje que vivemos sob a influência de reaças “patriotas” que não aceitam a democracia e a soberania popular. Tentam nos calar de todos os jeitos, inclusive sob a batuta de leis – em um “grande acordo nacional...com o Supremo, com tudo” – que pesam apenas para um lado, incluindo até mesmo a ausência de provas e a condenação por convicção, ou como diz o tal juiz (sic), “por ato de ofício indeterminado” – o que em português claro significa inexistente!

Este é nossa pátria. Um país onde a direita está atônita com a real possibilidade de nova derrota nas urnas. O desespero do “Quarto Poder”, como bem define Paulo Henrique Amorim, nos liga o alerta para a não realização de eleições – ainda mais depois da recente declaração de um milico da terceira idade, dizendo que os militares não aceitariam Lula candidato (declaração ilegal, afrontando a já combalida Constituição, com opinião militar na política). Caso as eleições realmente aconteçam, que fiquemos espertos para as consequências, o que incluiria um novo possível golpe.

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Por isso, cidadãs e cidadãos, lembrem do que dizia Malcom X: “se você não for cuidadoso, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo”.

Assim como não devemos reconhecer um governo ilegítimo e golpista, devemos promover a desobediência civil, contrariando os golpistas do STF, do TSE ou de quem quer que seja. E se querem proibir que digamos #EuSouLula, não daremos ouvidos e seguiremos defendendo a verdadeira democracia. Seguiremos sendo Lula, Haddad, Manu ou qualquer outro que represente políticas progressistas/esquerdistas...gostem ou não!

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