A eleição é importante, sim!

O Brasil está em Estado de exceção. O golpe parlamentar de 2016 nos desviou da normalidade democrática com tal intensidade que uma eleição, por si só, não irá recuperar a nação, mas a eleição é importante sim, e muito

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"Embora o país esteja sob um golpe de Estado, que afeta inclusive as eleições, é importante participar do processo eleitoral e lutar para que a vontade popular prevaleça"

O Brasil está em Estado de exceção. O golpe parlamentar de 2016 nos desviou da normalidade democrática com tal intensidade que uma eleição, por si só, não irá recuperar a nação, mas a eleição é importante sim, e muito. 

O tucano Fernando Henrique Cardoso, demonstrando mais uma vez estar desconectado da realidade, afirmou que o próximo presidente será provisório. Uma declaração absurda e repudiável. Uma declaração antidemocrática. Talvez se o candidato do partido dele, Geraldo Alckmin, tivesse alguma chance de vencer, sua opinião seria diferente. 

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O Comandante das Forças Armadas declarou que o próximo governo poderá ter a legitimidade questionada. Trata-se, evidentemente, de uma inversão do poder democrático. Não é o exército quem deve dizer se o processo democrático é válido. Antes, o contrário: é a legitimidade democrática que delimita a atuação das forças armadas. 

Que o processo eleitoral está viciado, sabemos desde que o ex-presidente Lula foi preso. Impedido de concorrer, o favorito nas pesquisas eleitorais está alijado do processo eleitoral. Essa é uma eleição manca, em que as forças golpistas definem em quem você pode votar. Lula, o PT e a militância petista, junto com muitas outras vertentes resistentes, denunciaram que eleição sem Lula é golpe, é fraude. Depois de combater o Golpe, sempre nas trincheiras da legalidade, agora partem, também, para o enfrentamento nas urnas. É um novo desafio, contrapor-se ao terrorismo de mercado. Em constante delírio, agentes do Golpe tentam fazer crer que uma vitória do PT traria instabilidade. O “Programa Lula de Governo” desacredita os que deliram. Além disso, a paz e o diálogo não serão vencidos pela mentira, pelo egoísmo, pelo ódio. 

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Num cenário ideal, todos os candidatos deveriam ir à público declarar que não reconhecem o processo eleitoral em virtude da ausência de Lula. Porque mesmo se ganharem, haverá tantos questionamentos que o futuro presidente ou presidenta terá dificuldades de governar. O Brasil precisa de democracia e uma eleição não é democrática se tem o maior líder político do país condenado e preso num processo sem provas de crime, contestado por milhares de juristas no Brasil e em todo o mundo. uma eleição não é democrática se tem os grandes veículos de comunicação, a PGR, o MPF, o General Comandante das Forças Armadas, ministro do STF e do TSE, e ex-presidente fazendo declarações anti-democráticas e agindo arbitrariamente. 

Todos sabem que vencer a eleição não basta para resolver a crise política e os problemas econômicos e sociais do Brasil. Porém, a eleição representa o início de uma nova e determinante etapa. A eleição é o banho de democracia que o país precisa para retomar o caminho da democracia. Precisamos nos embrenhar nos escombros do golpe e encontrar as pedras com as quais reconstruiremos a nação. Este banho de democracia não acontecerá já que Lula foi impedido de participar da eleição e enquanto Lula estiver preso, pois não é possível reconstruir a democracia sem a participação direta de Lula. 

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Contudo, o país não pode ser entregue aos golpistas e jamais o Brasil seria deixado de lado sem enfrentamento e muita luta  pelo principal partido político e pela maior liderança política, por mais grave que seja o arbítrio. Lula e o PT não abandonarão a sua luta pela democracia e por um país soberano. 

O PT deve participar da eleição por ser ela uma condição concreta de luta contra o golpe.  Para isso, foi necessário que Lula e o PT indicassem um candidato com capacidade de conquistar a maioria das intenções de votos que hoje são de Lula. Por isso Lula indicou Fernando Haddad. A maioria já sabe, mas o Brasil todo precisa saber que Haddad, e somente Haddad, é o candidato que representa Lula e a política do PT. A Justiça Eleitoral cometeu o absurdo ameaçar impedir o uso da imagem de Lula e citação ao seu nome nos programas eleitorais, num exercício de reescrita do passado digno das piores distopias da ficção. 

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No entanto, a maioria do povo não esquece,  nem faz confusão,  sabe que Haddad é do PT. Sabe que Haddad representa o "Plano Lula de Governo". Haddad foi ministro da Educação de Lula. Haddad foi prefeito de São Paulo pelo PT. Haddad foi declarado por Lula como seu herdeiro político. Haddad viajou com Lula na Caravana pelo Brasil. O ex-presidente confia em Haddad e admira seu aliado. E o eleitor de Lula deve estender a Haddad o crédito que deposita em Lula. 

A vitória de Haddad é o único meio de não legitimar o Golpe, porque Lula escolheu Haddad como seu representante. Se qualquer outro candidato ganhar, o Golpe será legitimado, pois o Golpe foi para retirar o PT do Governo Federal e impedir o retorno do PT. O PT não concorrer seria uma forma de contribuir facilitando a legitimação do Golpe de Estado de 2016. Lula não estará nas urnas e o seu indicado Fernando Haddad sendo eleito, o Golpe sofrerá importante derrota. É necessário correr o risco mas lutar muito para a vitória de Haddad que valerá o combate e será o “Plano Lula de Governo” que estará que sendo eleito. 

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Aos que questionam os petistas sobre o motivo de participar de um processo que consideram ilegítimo, está explicado nas linhas anteriores mas a estes, é preciso ainda lembrar o seguinte: odiar somente as injustiças. Amar sempre a democracia. Preferir correr o risco da derrota no voto que a vitória no golpe. 

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