O jornalismo não enxerga, mas Lula está presente – e vai vencer de novo

Muitos me perguntavam: mas Lula vai voltar como? Aí quando aconteceu os disparos do WhatsApp, muitos pensaram: está aí então o fato novo que vai mudar tudo. Mas não era isso ainda. Assim como não serão os panos quentes do TSE

O jornalismo não enxerga, mas Lula está presente – e vai vencer de novo
O jornalismo não enxerga, mas Lula está presente – e vai vencer de novo (Foto: Joao Valerio)


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Não é fácil estrear uma coluna numa semana politicamente tão decisiva e justamente no Brasil 247, um oásis em meio a tanto desatino. Para tanto, vou recorrer a dois dias atrás, 20 de outubro de 2018, numa madrugada de sábado para domingo, ocasião em que escrevi o texto a seguir:

Falta uma semana, exatamente uma semana para as eleições. No Globonews Painel, que já foi apresentado por William Waack e hoje é por Renata Lo Prete, três convidados (Fernando Shüler, Marcos Nobre e Sergio Fausto), alguns minutos atrás, discutiam sobre o futuro governo de Bolsonaro.

Para esse tipo de jornalismo, as eleições já estão decididas. Ao final, Sergio Fausto, como um golpista que surge das sombras (o único dado que lembro é que ele pertence ao Instituto Fernando Henrique Cardoso), solta a sua pérola: "é importante que pensemos num sistema misto, um sistema semi-presidencialista".

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E eu gritei: tava faltando! Porque é isso, é justamente isso: um jornalismo que cresceu às margens da vontade popular; um jornalismo que fez parte da sabotagem ao país.

Não passa pela cabeça deles que a eleição não está decidida - e olha que na mesa tinha um professor de filosofia política da UNICAMP, Marcos Nobre, que parecia não estar muito bem alinhado ao antipetismo dos outros dois, isto é, dos outros três, se contarmos a apresentadora.

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Mas ninguém ali foi capaz de dizer: "a gente está cometendo um desserviço".

O jornalismo de uma grande emissora, que deveria ser um serviço público, trama nas sombras e trata como um fato, o que ainda não é um fato.

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Essas eleições não estão decididas.

Eu digo mais: vai haver uma grande virada, aliás - já está havendo.

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O TSE, através de sua presidenta, jogou panos quentes sobre um crime eleitoral, que foi investigado com muita clareza por uma imprensa responsável. Esse fato fará Haddad virar o jogo.

E aí eu vou compreender aquela mensagem que me foi soprada aos ouvidos, dizendo que um grande acontecimento ia mudar o rumo das eleições. Pensei que fosse a volta do Lula. E não pensei errado.

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Muitos me perguntavam: mas Lula vai voltar como? Aí quando aconteceu os disparos do WhatsApp, muitos pensaram: está aí então o fato novo que vai mudar tudo. Mas não era isso ainda. Assim como não serão os panos quentes do TSE.

O fato novo, e que nem é tão novo assim, é o questionamento do PT ao judiciário, dentro dos ritos sumários, sem ruptura institucional.

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Questionamento sem trégua, interminável, kafkiano, questionamento sem fim. E o que é isso senão Lula dizendo que não aceita indulto?

A partir de agora, Lula está de volta. A gente não pode interpretar tudo literalmente. A dimensão simbólica, esse jornalismo da Globonews, nunca vai entender.

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