Bolsonaro vem aí! “Brasil, ame-o ou deixe-o”
Trazer de volta um slogan que nos remete a tempos tão sombrios só reforça a ideia de que o que temos pela frente não é nada próximo a um governo que enxergue direitos e liberdade
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Tem dias que é melhor não lembrar, semanas que devem ficar no esquecimento, ou na melhor das hipóteses, servir de repúdio.
As noites de domingo eram marcadas pela tão calejada Semana do Presidente. Foi durante a década de 1980, se estendendo por mais de 20 anos.
O formato bajulador do programa reservava seus minutos à agenda semanal do Presidente.
Esse tempo, que era cedido em horário nobre, durou, como dito antes, por mais de 20 anos, indo até o governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, não tendo continuidade no governo Lula.
O horário era estratégico, milhares de pessoas estavam frente à TV, entusiasmadas com a desenvoltura e o carisma de um dos apresentadores mais aclamados.
A Semana do Presidente buscava levar ao telespectador, como forma de propaganda, a rotina semanal de trabalho do então presidente. O fato é que o mini-programa não se preocupava em promover nenhuma crítica as decisões tomadas, ou seja, só servia como instrumento de propaganda.
Se, você, caro leitor ainda não cogitou de qual rede de TV, ou apresentador estamos falando, vou saciar sua curiosidade:
“A extinta TVS que depois veio a se chamar Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) do conhecido e consagrado pelas massas populares, Silvio Santos..”
Pois bem, o homem do baú como também é conhecido, devido ao produto Baú da Felicidade, resolveu, abrir literalmente seu baú, indo ao fundo, e trazendo a empoeirada frase “Brasil, Ame-o ou deixe-o”.
Para quem não lembra do slogan, o mesmo era usado durante o auge do regime militar, no governo Emílio G. Médice, de 1969 a 1974.
Vale ressaltar que o SBT conseguiu sua concessão ainda no regime militar, durante o governo de João Figueiredo.
Trazer de volta um slogan que nos remete a tempos tão sombrios só reforça a ideia de que o que temos pela frente não é nada próximo a um governo que enxergue direitos e liberdade.
Sem grandes especulações podemos entender a atitude do homem do baú como um tapete de boas vindas ao novo presidente; que durante a campanha se mostrou muito inclinado a atender aos anseios dos empresários, dentre estes a temerosa reforma da previdência, que o dono da emissora se mostrou bastante interessado.
Não vai ser de se estranhar se desse baú que vem se mostrando distante de ser da felicidade a próxima quinquilharia a ser retirada, seja a Semana do Presidente.
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