O Estado irreal da segurança pública no Brasil

Eu vi por correntes ideológicas conservadoras que o "intocável" Moro vai resgatar o dinheiro de bens do tal tráfico de drogas (como se os ricos não consumissem e como se isso fosse uma conquista). Com todos esses anos de coerções equivocadas na Operação Lava-Jato, por onde andam os mais de R$ 6 bilhões de reais recuperados pela AGU nesses acordos de leniência?



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Eu vi por correntes ideológicas conservadoras que o "intocável" Moro vai resgatar o dinheiro de bens do tal tráfico de drogas (como se os ricos não consumissem e como se isso fosse uma conquista). Como podemos perceber nos últimos anos, vemos uma série de atuações bem-sucedidas nas buscas e apreensões dos envolvidos nos desvios cometidos em crimes do colarinho branco, ou ao menos as intenções e interesses lançados nessas ações. Já que nós temos uma Polícia Federal tão eficiente que conseguiu prender um ex-presidente e demais figuras de destaque no âmbito político, esse valor poderia muito bem ser aplicado às políticas ao povo, de forma recíproca a demanda de punir aqueles que praticaram atos ilícitos na gestão pública brasileira, só que não! Pois essa valorosa ação custa mais uma recuperação de equipamentos para a PF reforçar o custo suor do combate à corrupção e retardar ainda mais benefícios diretos a população com programas sociais, adiando não só a melhoria financeira e social, mas a vida e bem estar aos brasileiros.

Mas, com todos esses anos de coerções equivocadas na Operação Lava-Jato (que lavou só as carteiras dos brasileiros ao denegrir políticas públicas estadistas), por onde andam os mais de R$ 6 bilhões de reais recuperados pela AGU nesses acordos de leniência (que são pagamentos das empreiteiras se livrarem da culpa no processo, ou um pedido monetário $ de desculpas a Justiça)? Sem contar nos valores recuperados pelo desvio de dinheiro dos acusados e apontados como mentores e participantes do tão alardeado esquema que prejudicou os cofres públicos da Petrobras.

Pois bem, das duas uma: ou a Operação Lava-Jato não teve competência suficiente de já repor o dinheiro no caixa da União durante esse tempo de atuação, e outro ponto é que; não sabemos muito bem pra onde esse tal dinheiro recuperado é gasto, pois não se tem o devido destaque na mídia, o caminho desse valor e em qual área ele é aplicado na sociedade, já que ainda temos inúmeros déficits na educação, saúde, saneamento básico, moradia, dentre outras necessidades básicas do cidadão brasileiro como a própria segurança pública.

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Será que essa aparelhagem na segurança é tão subjetiva a ponto de criar um suposto ex-terrorista com o seu brinde, o presente mencionado por Bolsonaro? Uma viagem à Bolívia pra não buscar ninguém, pois na verdade democrática não tinham quem buscar e não tinham mais o que fazer por lá. Será que essa aparelhagem equipa os beneficiários do "Grande Acordo Nacional com Supremo com Tudo", como já dizia o ex-senador Romero Jucá? Ou será que todo esse investimento em segurança, nos remete a uma pura e simplesmente "passagem bélica" para atirarmos em nossas vidraças, em nossos irmãos que podem não ser de sangue, mas de imagem?

Temos algumas verdades para refletir em meio a tantos memes com nuvens sombrias do fascismo (sim, no meio de Damares e as tuitadas do clã): o genro do acusador de Lula na Lava-Jato, Léo Pinheiro, foi nomeado para a presidência da Caixa, o filho do vice-presidente da República foi promovido à assessoria da presidência do Banco do Brasil, a retirada assimilada a Constituição dos direitos dos trabalhadores com pontos corrosivos da PEC 300, além dos recentes ataques aos direitos de moralidade e respeito com indígenas, LGBT e mulheres, com alterações cotidianas em que o Estado possa intervir. Ou seja, dias normais de terror que pairam sob a nação, mas de características peculiares aos navegantes do capital, mesmo inconscientemente aos mais desavisados, além da concretização daquilo que a direita e seus subservientes consentidos temiam em direcionamento contrário, um clima de instabilidade em que poucos percebem o quão real tem da sua existência e a sua gravidade em curso.

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Algo que essas operações e tentativas de busca para uma solução ao bem-estar social e moral ainda e nem tão fácil vão conseguir reencontrar ao verdadeiro cidadão de bem, é o prestígio e o orgulho de ser brasileiro ao falar o quanto nos sentimos bem na relação política com o Estado e suas instituições.

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