Há algo de podre abaixo do Equador

Para a jornalista Denise Assis, do Jornalistas pela Democracia, a clássica frase da peça Hamlet, de William Shakespeare, serve bem ao assombro que cerca a morte da vereadora do PSOL, Marielle Franco, e a de seu motorista, Anderson Gomes; "A força de sua atuação como parlamentar, mulher, favelada, negra e lésbica fazem ecoar aos quatro cantos a pergunta: Quem mandou matar Marielle?", pergunta Assis

Há algo de podre abaixo do Equador
Há algo de podre abaixo do Equador (Foto: Divulgação)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia - "Ser ou não ser, eis a questão". A mais clássica dúvida existencial da literatura, escrita por William Shakespeare, nos idos de 1600, na peça: "Hamlet", serve bem ao assombro que cerca a morte da vereadora do PSOL, Marielle Franco, e a de seu motorista, Anderson Gomes. A força de sua atuação como parlamentar, mulher, favelada, negra e lésbica fazem ecoar aos quatro cantos a pergunta: Quem mandou matar Marielle?

No clássico do bardo, o fantasma do pai de Hamlet, vítima de um complô, aparece - primeiro para a guarda real, em seu palácio, e depois para o filho -, para revelar que foi assassinado por Gertrudes, sua mulher, a rainha e mãe de Hamlet, amante de Claudio, seu próprio irmão. Gertrudes tramou a morte do marido, para que Claudio subisse ao trono e reinasse ao seu lado.

(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)

continua após o anúncio

Jean Wyllis, vaticinou em Portugal, onde esteve no início do mês para dar uma palestra: "Marielle vai derrubar Bolsonaro". Tal como na peça de Shakespeare, a força do fantasma de Marielle assombra a república e joga luz sobre as ligações da família Bolsonaro e seu grupo de amigos de condomínio e de pescaria.

Marielle foi a quinta vereadora mais votada do Rio e tinha planos de concorrer ao Senado nas eleições passadas. Construiu um caminho viável para isto. Certamente seria eleita. Coincidentemente, este também era o plano de Flávio Bolsonaro, filho do presidente. O mesmo que no passado condecorou um dos envolvidos na morte de Mariellle, agora sabe-se, um miliciano. Hamlet conseguiu desmascarar e incriminar os culpados pela morte do rei, seu pai. Resta saber se Jean Wyllys, à distância, conseguiu ver o que há de podre abaixo do equador.

continua após o anúncio

(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247