Decisão de Trump sobre Golã merece repúdio

É uma decisão arbitrária e ilegítima do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que na última segunda-feira (25) reconheceu oficialmente a soberania israelense sobre um território que é sírio, as Colinas de Golã ocupadas militarmente por Israel na Guerra de Junho de 1967

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A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump de reconhecer a soberania israelense sobre as Colinas de Golã, despertou revolta e indignação entre os sírios e os árabes em geral e a condenação das forças democráticas e amantes da paz em todo o mundo.

É uma decisão arbitrária e ilegítima do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que na última segunda-feira (25) reconheceu oficialmente a soberania israelense sobre um território que é sírio, as Colinas de Golã ocupadas militarmente por Israel na Guerra de Junho de 1967.

O Conselho Mundial da Paz tem reiteradamente rechaçado a ocupação israelense dos territórios árabes, inclusive os da Palestina, uma ofensa evidente aos princípios elementares da Carta das Nações Unidas e do direito internacional que deveriam reger as relações entre as nações em pé de igualdade.

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A pretensa anexação das Colinas de Golã deu-se também de forma criminosa, através de uma lei constitucional que o Parlamento de Israel aprovou ainda em 1981, mas foi amplamente rechaçada, inclusive pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, como a colonização israelense do território já vinha sendo, em resoluções emitidas desde 1967. A resolução 497 de 1981 afirma a nulidade da lei israelense, uma vez que é inadmissível a conquista de território através da força. Tal medida agressiva há muito ficou relegada para os livros de história e constituiria um gravíssimo precedente.

Mesmo assim, o presidente dos Estados Unidos, que se considera excepcional, acima da lei, como no caso do reconhecimento da soberania de Israel sobre o território palestino ocupado de Jerusalém Oriental, decidiu conceder a Israel o direito a anexar o território sírio. Fez isto, entretanto, isoladamente; até mesmo aliados dos EUA e de Israel na União Europeia já se distanciaram de tal arbitrariedade.

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A Síria vem enfrentando a agressão estrangeira e medidas desestabilizadoras desde 2011, combatendo grupos terroristas e bandos armados, inclusive mercenários, que aterrorizam o povo sírio com o respaldo financeiro, militar e político dos EUA, de Israel e de outros aliados da região. A política ofensiva israelense contra a Síria é constante e também se estende à ofensiva indireta de Israel contra o Irã, aliado do povo sírio e do seu governo legitimamente eleito.

As forças amantes da paz somam-se no repúdio a mais esta medida desestabilizadora, criminosa e ilegítima do presidente Trump. Os sucessivos governos dos Estados Unidos não têm medido esforços para impor o seu domínio sobre o Oriente Médio e atropelam impunemente o direito internacional e o sistema das Nações Unidas no processo.

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A anexação de territórios através da força é inadmissível Por isso é pertinente a exigência de que a ONU condene de forma inequívoca tal afronta e que nenhum outro país se some a mais esta ofensiva imperialista contra a Síria.

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