O grito do basta foi iniciado

As manifestações ocorridas em 15 de maio/2019, apresenta o movimento mais importante dos últimos 20 anos. As intervenções propostas de cortes na educação do governo Bolsonaro é uma ameaça de extinção não só da educação superior, mas com desdobramentos de caos previsíveis para a educação básica e todo sistema tecnológico, saúde e cultural



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As manifestações ocorridas em 15 de maio/2019, apresenta o movimento mais importante dos últimos 20 anos. É muito superior e mais relevante que, as manifestações de Junho de 2013, onde havia muita gente nas ruas, manifestações também gigantescas, mas, tratava-se de manifestações muito espontâneas, sem a presença de lideranças e instituições de classes no comando e direcionamento das energias. Essa realidade deu aquelas manifestações um caráter muito peculiar, com pauta difusa e sem um alvo político definido. Essa de agora; estão sendo organizadas por entidades tradicionais da classe trabalhadora, estudantes, professores, com adesão de muitos pais com presença na rua. Além disso, teve um alvo definido, que é o governo Bolsonaro.

Esse movimento tem consistência porque, é um movimento gestado sobre um conjunto de acontecimentos políticos concretos que afetam diretamente a vida de toda a população. As intervenções propostas de cortes na educação do governo Bolsonaro é uma ameaça de extinção não só da educação superior, mas com desdobramentos de caos previsíveis para a educação básica e todo sistema tecnológico, saúde e cultural.

As energias estão ativadas e tende ampliar porque, o governo não consegue agradar nem mesmo os setores do qual teve apoio, que são a classe média alta, ligada ao comercio, indústria, agricultura, especulações imobiliárias e financeiras. Essa parcela tem objetivos claros, exigem governos que lhes deem mais lucros, demanda que depende de crescimento e o governo sequer sabe por onde começar.

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A ampla cobertura da Rede Globo nessas manifestações e os Editoriais dos Jornais O Globo, Folha de SP nos dias seguintes apontam claramente que eles estão de acordo com o Fora Bolsonaro. Outro indicativo do início do fim do governo é a iniciativa do Rodrigo Maia que, em conjunto com o Centrão, fizeram acordo para construir outra proposta de reforma da previdência a revelia do Bolsonaro e seu partido. Isso mostra que, a elite organizada em instituições como Fiesp e outras organizações empresariais já abandonaram o governo e passam dialogar diretamente com o presidente da Câmara. Portanto, o fora Bolsonaro passa ser pauta comum da classe trabalhadora e da classe média.

Portanto, a queda do governo é apenas questão de tempo, porque apesar de uma parcela de pessoas de baixa renda, ainda formar a base social de apoio ao Bolsonaro, esse povo não tem liderança e nem fundamentos para defender o governo. Isso vale também, para os deputados e senadores eleitos pelo PSL, que são vazios de conteúdos e cada vez mais estão falando sozinhos.

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Aguardamos que, os desdobramentos das próximas manifestações possam incluir outras categorias como a dos petroleiros, caminhoneiros, correios, MST. Movimentos Sem tetos e toda educação básica. Com esse estado de caos total que os golpistas produziram, a saída viável é anulação geral e chamar novas eleições gerais, que seja de acordo com a vontade popular e não de acordo com as manobras do sistema judiciário, do parlamento e do exército. Qualquer outra alternativa, o problema do acirramento da disputa política continuará fervilhando.

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