Brasil no encontro secreto que prepara a invasão da Venezuela

"Sem ter nada a ver com o peixe, o Brasil participa de reuniões secretas comandadas pelo governo dos Estados Unidos para dizimar o governo legitimamente estabelecido na Venezuela", escreve o jornalista Gilvandro Filho, do Jornalistas pela Democracia; "Quem é o Brasil na fila desse pão? O mais novo e servil aliado do governo de Donald Trump, ocupante de uma posição contrária a tudo pelo que vinha de posicionando nos tempos em que era um país independente e autônomo. Hoje, o Brasil de Bolsonaro é linha direta de Trump e Steve Bannon, uma das mais perigosas criaturas que a política norte-americana já produziu e que deixou seu rastro na campanha e, consequentemente, no novo governo que em janeiro assumiu o País"

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Por Gilvandro Filho, para o Jornalistas pela Democracia

Sem ter nada a ver com o peixe, o Brasil participa de reuniões secretas comandadas pelo governo dos Estados Unidos para dizimar o governo legitimamente estabelecido na Venezuela. O último desses encontros ocorreu na última quarta-feira (15), em Washington, com cerca de 40 integrantes, entre eles o embaixador brasileiro dos EUA, Carlos Velho. Trata-se de articulações em prol da guerra contra a Venezuela com o objetivo de derrubar o governo de Nicolás Maduro.

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Quem é o Brasil na fila desse pão? O mais novo e servil aliado do governo de Donald Trump, ocupante de uma posição contrária a tudo pelo que vinha de posicionando nos tempos em que era um país independente e autônomo. Hoje, o Brasil de Bolsonaro é linha direta de Trump e Steve Bannon, uma das mais perigosas criaturas que a política norte-americana já produziu e que deixou seu rastro na campanha e, consequentemente, no novo governo que em janeiro assumiu o País.

A reunião, como foi divulgado em alguns veículos de imprensa, não todos nem os maiores, foi convocada por um tal Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), instituição que recebe injeções financeiras de gigantes da economia "ianque" do porte de uma Exxon Mobil, de um Bank of America ou de uma Chevron. Um instituto ativo e operante à disposição de golpes de estado sediada nos EUA e com foco na América Latina, com mísseis apontados para países como a Venezuela, a Nicarágua ou Cuba.

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Segundo publicou nesta terça-feira o site Brasil de Fato, tendo por fonte o portal The Grayzone, o encontro reuniu um número expressivo dos "senhores da guerra" que frequentam os fronts montados pelos Estados Unidos, mundo a fora. Caso de representantes do atual e do antigo Departamento de Estado norte-americano, do Conselho Nacional de Inteligência e do Conselho de Segurança Nacional, incluindo na patota o ex-comandante do Comando Sul dos EUA, almirante Kurt Tidd. A nata do golpismo mundial e da guerra no continente.

A pergunta que os venezuelanos fazem a respeito desse convescote do mal é a mesma que todo mundo se faz: "O que um diplomata brasileiro faz em uma reunião secreta onde se planeja uma guerra contra a Venezuela? ". Para o embaixador venezuelano na ONU, o governo de Jair Bolsonaro viola a própria Constituição Brasileira e a sua história de paz aso se envolver "na aventura racista de Trump". A Venezuela vai levar a postura brasileira aos organismos internacionais.

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Trata-se de uma atitude previsível de um governo que optou por se alinhar a Trump e à extrema-direita mundial. Que nomeou para chanceler uma figura trôpega como é o caso do ministro Ernesto Araújo, uma inacreditável figura indicada pelo não menos inacreditável Olavo de Carvalho, o "filósofo" e consultor de Bolsonaro e seus primeiros-filhos. E que serve de galhofa mundial ao trocar a altivez dignidade diplomática em relação às potências pela sabujice de quem se dobra, de cabeça baixa e de bruços, a tudo o que o sem mestre mandar.

Aos olhos do mundo, o Brasil de Bolsonaro firma sua imagem de colônia dos Estados Unidos.

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Por falar em Venezuela, o país recebeu hoje (16) o primeiro carregamento de ajuda humanitária (comida e remédios), esta sim, legítima e correta, enviada pela Cruz Vermelha e sob as vistas dos organismos internacionais. Não aquela balela orquestrada pelos Estados unidos e por seu títere que atende pelo nome de Juan Guaidó. Aventura macabra da qual, claro, o governo Bolsonaro quis posar de protagonista, mas não passou de um figurante mambembe.

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