Nenhum minuto de silêncio

"Um ano com Marielle. Um ano vendo mais de perto, no dia a dia dos últimos dias, o que de fato significa o fascismo. Não há o outro. Não há diálogo. Não há a troca de ideias e ações que contribuam para o país avançar. Há simplesmente o comando único, autoritário, repressor, que procura calar qualquer voz, todas as vozes, que tentem trazer outras cores", diz o colunista Hayle Gadelha

Nenhum minuto de silêncio
Nenhum minuto de silêncio (Foto: Mídia Ninja)


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Um ano com Marielle. Um ano vendo mais de perto, no dia a dia dos últimos dias, o que de fato significa o fascismo. Não há o outro. Não há diálogo. Não há a troca de ideias e ações que contribuam para o país avançar. Há simplesmente o comando único, autoritário, repressor, que procura calar qualquer voz, todas as vozes, que tentem trazer outras cores.

Nesse ano que passou, sonhamos em voltar a avançar através de eleições livres que poderiam nos trazer de volta Haddad/Lula com o sonho de liberdade e de avanço social. Falhamos. Fomos incompetentes na tarefa primordial de frear o fascismo. O que vemos agora é um país mergulhado em pesadelos, fidelizando-se à violência, valorizando milicianos, jovens se matando “por causa” de espinhas no rosto, e a ameaça ainda maior de piorar tudo isso com essa tentativa de legalização do porte de armas – que, aliás, interessa a quem? Como pano de fundo, assistimos a uma submissão cada vez mais forte aos interesses trumpistas, alinhamento exclusivo, amarras perpetuadas.

É por isso e muito mais que não podemos silenciar, nem um minuto.

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Por acaso, hoje também é data importante pelo nascimento de Carolina Maria de Jesus, mineira de Sacramento (nascida em 1914, em São Paulo, e que viveu até 13 de fevereiro de 1977), escritora, conhecida por seu livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1960. É considerada uma das primeiras e mais importantes escritoras do Brasil, sendo que viveu boa parte de sua vida na favela do Canindé, na zona norte de São Paulo, sustentando-se com seus três filhos como catadora de papéis. Em 1958, o seu diário foi publicado graças ao apoio do jornalista Audálio Dantas. O livro fez um imenso sucesso e chegou a ser traduzido para 14 línguas. Ela também era compositora e poeta. Sua obra já teve diversos estudos, no Brasil e no exterior.

Duas mulheres, dois nomes de luta, que merecem barulhentas homenagens!

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