Paulo Guedes e o futuro do passado

"Paulo Guedes, justiça seja feita, jamais enganou o respeitável público. Além de ser um nome de destaque no mundo financeiro, é um show-man que foi colocado no governo Bolsonaro com objetivo único: acabar com a Previdência pública", diz o colunista Hayle Gadelha; "A sua escolha foi perfeita, já que ele não carrega o carimbo de político tradicional nem demonstra querer participar de próximas eleições parlamentares. Ou seja, não teria compromisso com o eleitor"

Paulo Guedes e o futuro do passado
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Paulo Guedes, justiça seja feita, jamais enganou o respeitável público. Além de ser um nome de destaque no mundo financeiro, é um show-man que foi colocado no governo Bolsonaro com objetivo único: acabar com a Previdência pública. A sua escolha foi perfeita, já que ele não carrega o carimbo de político tradicional nem demonstra querer participar de próximas eleições parlamentares. Ou seja, não teria compromisso com o eleitor – ao contrário dos parlamentares bolsonaristas que não compareceram ontem, dia 3, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, procurando não associar suas “imagens” a esse “Átila, rei dos hunos”, devastador dos quase velhinhos com futuro incerto – mas que têm o direito de votar e influenciar nas próximas eleições. Os bolsonaristas sumiram. Evaporaram. E, obviamente, a CCJ ficou repleta de parlamentares da Oposição.

Paulo Guedes não se intimidou. Foi pro ataque, seguindo à risca o seu roteiro traçado pela Escola de Chicago (onde tornou-se Mestre e Doutor) e pelo conservador Instituto  Millenium (que ajudou a fundar). Tentou comprovar o absurdo de gastar-se muito menos com a Educação – que é o nosso futuro – do que com a Previdência – que é o nosso passado. Ofendeu nossos idosos, que passaram a vida pagando para garantir um mínimo que garantisse o presente, além de (57%) financiarem a educação dos mais jovens.

Paulo Guedes não se deu bem, obviamente. A Oposição reagiu aos ataques com ataques ainda mais fortes – e Paulo Guedes não soube resistir ao cerco. A sua máscara de “homem-muralha” foi rapidamente pro espaço e se perdeu por aí, quando o deputado Zeca Dirceu, filho de Zé Dirceu, disse que o ministro era “tigrão” quando a reforma tratava de aposentados, idosos, agricultores e professores, mas “tchutchuca” quando tratava dos mais privilegiados do país, banqueiros e rentistas. Paulo Guedes subiu nas tamancas, mas já era tarde. Fim de papo para  Paulo, o tigrinho...

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