Argentinos querem “Lula livre!”

Nosso ex-presidente Lula revelou ser também argentino e um dos maiores cidadãos de honra da América Latina, reconhecido como líder revolucionário de inquestionável estirpe internacional. Um grande orgulho para nós brasileiros, ao compartir uma solidária e aguerrida manifestação de argentinos, brasileiros e latino-americanos, diante da Embaixada do Brasil em Buenos Aires

Nosso ex-presidente Lula revelou ser também argentino e um dos maiores cidadãos de honra da América Latina, reconhecido como líder revolucionário de inquestionável estirpe internacional. Um grande orgulho para nós brasileiros, ao compartir uma solidária e aguerrida manifestação de argentinos, brasileiros e latino-americanos, diante da Embaixada do Brasil em Buenos Aires
Nosso ex-presidente Lula revelou ser também argentino e um dos maiores cidadãos de honra da América Latina, reconhecido como líder revolucionário de inquestionável estirpe internacional. Um grande orgulho para nós brasileiros, ao compartir uma solidária e aguerrida manifestação de argentinos, brasileiros e latino-americanos, diante da Embaixada do Brasil em Buenos Aires (Foto: Helena Iono)


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Nesta sexta-feira, 6 de abril, nosso ex-presidente Lula, operário, nordestino retirante, revelou ser também argentino e um dos maiores cidadãos de honra da América Latina, reconhecido como líder revolucionário de inquestionável estirpe internacional. Um grande orgulho para nós brasileiros, ao compartir uma solidária e aguerrida manifestação de argentinos, brasileiros e latino-americanos, diante da Embaixada do Brasil em Buenos Aires, exigindo justiça por um “Lula Livre”.

Os diversos “coletivos” de brasileiros residentes, estudantes e trabalhadores na Argentina, que têm se manifestado ao pé do Obelisco da avenida Nove de Julho, em diversas ocasiões, desde 2016, contra o “impeachment de Dilma Rousseff” e a perseguição político-judicial do governo Temer e da Lava Jato contra o ex-presidente Lula, desta vez, viveram momentos de grande emoção, amparados por uma magnífica manifestação solidária convocada por todas as forças políticas da esquerda argentina, parlamentares, destacados dirigentes sindicais, movimentos sociais, estudantis, intelectuais, artistas e cidadãos vários.

Conscientes de que o risco que corre a democracia no Brasil, é o mesmo que se vive na Argentina de Macri, com um Judiciário completamente refém da política do Executivo e do poder midiático-financeiro internacional, os argentinos não hesitaram em manifestar sua indignação no mesmo dia em que Lula era acolhido pela militância dos movimentos sociais no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A perseguição a Lula, à sua família, ao PT e aos sonhos dos excluídos do povo brasileiro é tida como parte do mesmo “lawfare” que ameaça a ex-presidenta Cristina Kirchner e os ex-membros do governo kirchnerista (alguns ainda mantidos como prisioneiros, outros, libertados e não isentos da perseguição). Esta manifestação é um significativo abraço, entre povos irmãos, do Brasil e da Argentina, identificados na luta frente ao inimigo comum e unidos na defesa das suas conquistas e da soberania nacional.

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Neste contexto, não há dúvidas de que este movimento de solidariedade crescerá. O Comitê de Solidariedade apoiado pela CTA dos Trabalhadores, várias representações sindicais e parlamentares (nacionais e do Parlatino), após ter presenciado a caravana de Lula em São Borja, deverá conduzir-se, junto às várias delegações internacionais, a Curitiba, capital da resistência, em apoio à vigília, para exigir a libertação de Lula.  Em breve, o boomerang do juiz Moro poderá voltar-se contra si mesmo. Lula, injustiçado, estará mais próximo do seu algoz atraindo as forças que as suas ideias criaram num povo indignado; povo que está conclamado a fazer história e aprender com a velocidade de anos-luz, em poucos dias de tragédia, a lição que lhe faltou, por incapacidade ou omissões cometidas pelas lideranças e a militância de esquerda, enfim, por todos nós; ao não haver construído, a tempo, alternativas midiáticas para combater o poder da Globo; por não haver apoderado o povo, com a democracia participativa nos bairros, nas fábricas, e essencialmente nos sindicatos. Lula escolheu o sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo como um símbolo da força que é preciso recuperar. Os que foram no naquela praça levar-lhe sua persistente solidariedade não supriram a falta dos 100 mil de Vila Euclides dos anos 78 e dos sindicatos onde nasceu o PT. As lideranças sindicais estão diante do desafio de recuperar essa força, e a capacidade de organizar uma greve geral. É bom olhar os irmãos argentinos: para eles, levar à praça 400 a 700 mil pelo projeto nacional e popular de Néstor e Cristina Kirchner, é um patrimônio político imbatível. Isso não significa apontar o primeiro da classe do sindicalismo latino-americano. E sim, constatar que a polarização de classes se agudiza no Brasil, e os trabalhadores necessitam reforçar urgentemente seus instrumentos.

Mas, nada está perdido. Em Curitiba, David está mais próximo de Golias. David, ou seja Lula, concentra e irradia uma força magnética: a memória de um projeto popular e de nação, apesar de inacabado, interrompido e golpeado. Lula, o operário nordestino, é arquiteto do internacionalismo; por isso sua prisão abala o mundo, o Papa, a ONU, a imprensa internacional; provoca dois dias de cadeia nacional de TV no Brasil; o ao vivo do ato em São Bernardo em dois canais privados da Argentina (C5N e Crônica), seguido de documentários e debates sobre Lula. Sem comentar que é tema em todos os ambientes argentinos. Sua prisão foi motivo de protestos por “Lula Livre”, em um show da Elza Soares no bairro da Boca; no Centro Cultural Néstor Kirchner, o público gritou neste domingo por Lula; e em alguns lugares chegou a haver panelaços a favor de Lula.

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O Brasil e o mundo inteiro esperaram e ouviram o discurso de Lula. Um suspense pairou no ar da Argentina para saber o destino de Lula, da nação brasileira e da América Latina. Neste sábado, até crianças pequeninas, perguntavam e captavam a emoção das famílias diante da TV. Registraram pela primeira vez na mente o que significava a palavra “injustiça”. E veio o discurso! Um sabor de tristeza e lágrimas inevitáveis. Mas,  sem evocar uma renúncia; ao contrário, um projeto de lutas! Talvez uma renúncia a dar um passo revolucionário agora, dando-se uma chance a apoiar-se na justiça burguesa, mas sem abdicar da estratégia e dos fins que apontem uma revolução de fato. Talvez seja uma tática momentânea diante das relações de forças subjetivas desfavoráveis. Quiçás, com o mesmo sentido do “Por ahora, no” (Pelo momento, não) de Hugo Chávez diante do fracasso do levante militar nacionalista de 1992, para dar o passo decisivo à revolução bolivariana depois, em 1998. Enfim, a incerteza abre alas a tantas especulações. Mas, o que é seguro é que o movimento popular crescerá, e que a Frente-Única das esquerdas ( Frente Brasil Popular, Povo sem Medo, MST, etc) que Lula construiu e convocou nos últimos tempos, é imprescindível para a superação das complicações do momento histórico, e reaver Lula no palanque para sua vitória eleitoral em 2018 e muito mais.

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