As bombas contra a Síria ameaçam também o Brasil

Governos progressistas da América Latina e do Oriente Médio, possuidores de grandes recursos petroleiros e naturais, têm sido vítimas de golpes orquestrados pelas grandes finanças internacionais, dos EUA e da Europa, e esquematizados no Pentágono

Governos progressistas da América Latina e do Oriente Médio, possuidores de grandes recursos petroleiros e naturais, têm sido vítimas de golpes orquestrados pelas grandes finanças internacionais, dos EUA e da Europa, e esquematizados no Pentágono
Governos progressistas da América Latina e do Oriente Médio, possuidores de grandes recursos petroleiros e naturais, têm sido vítimas de golpes orquestrados pelas grandes finanças internacionais, dos EUA e da Europa, e esquematizados no Pentágono (Foto: Helena Iono)


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Não é fácil imaginar que as bombas lançadas na madrugada de 14 de abril contra a Síria por Trump e seus aliados da França e Inglaterra, tenham algo a ver com o estado de tensão e ameaças à democracia no Brasil e a prisão do líder mundial, Lula da Silva. Mas, essa é a chocante realidade deste mundo à beira da terceira guerra mundial, para a qual tem alertado o Papa Francisco, não como visionário ou místico religioso, mas como materialista e um dirigente social dos nossos tempos, consciente de que a mídia hegemônica  é o verdadeiro ópio dos povos neste século XXI, e merecedora do juízo final e do inferno, por todas as mentiras instigadoras de crimes à humanidade.

É hora de despertar a consciência dos povos para não serem vítimas desse “boomerang”, da autodestruição, da guerra global midiática, das inverdades e falsificações dos fatos, transmitidas nas Redes Globais, TVs e redes sociais, que tratam de justificar um bombardeio com riscos de guerra total. Requer-se urgentemente a mídia pública, popular e alternativa para contra-restar esta situação. Foi baseada numa mentira construída no Pentágono e veiculada pelo secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, no Conselho de Segurança da ONU, em fevereiro de 2003, que se desencadeou o ataque dos EUA contra o Iraque, deixando mais de 150 mil vítimas inocentes, após 8 anos de guerra prolongada. A falsa acusação, sem provas, de que Saddam Hussein possuía armas biológicas e químicas de destruição massiva, levou à sua execução e à destruição de um Estado independente, socialmente organizado e rico em petróleo e patrimônios históricos. E o pior é que a mesma mentira, posteriormente confessada por membros do próprio governo norte-americano, repete-se como argumento para atacar a Síria de Bashar Al-Assad. Este recente ataque à Síria, fortemente condenado pela Rússia, passou por cima do Conselho de Segurança da Nações Unidas, do próprio parlamento dos EUA, destruiu edifícios já antes controlados pela OPAQ (Organização para a Proibição de Armas Químicas), e instalações de pesquisa científica de saúde.

Os governos progressistas da América Latina e do Oriente Médio, possuidores de grandes recursos petroleiros e naturais, têm sido vítimas de golpes orquestrados pelas grandes finanças internacionais, dos EUA e da Europa, e esquematizados no Pentágono. Ao estopim das chamadas manifestações de “veludo”, ou “primavera árabe” tipo MBL, sustentadas pelo monopólio midiático, seguem em cena os “black blocs”, os grupos terroristas do “Estado Islâmico”, Isis, Daesh, instrumentados por tal conglomerado econômico de poder, justificando ações “comuns” de intervenção militar de governos externos, ou da Otan. No ato final, já desesperado, o poder global lança o argumento falso das “armas químicas” ou nucleares em posse do governo em foco, dito “ditatorial”, e partem para a intervenção militar. Não é difícil entender o esquema do jogo e dos golpes híbridos e das guerras de intervenção. Porque será que na mídia Global, presidentes como Bashar Al-Assad, Putin e os falecidos Fidel, Hugo Chávez, Kadaffi que construíram sociedades justas, igualitárias, a favor do excluídos pelo capitalismo, são “ditadores”?  Ao passo que Bush, Obama, a Clinton e Trump, tendo aos pés milhões de desempregados, racismo e violência incontrolável, dão ordens, à revelia do Parlamento, para invadir e matar outros povos e são “democratas” e justiceiros? Como bem explicado pela RT (TV russa), qual seria o motivo de Bashar Al-Assad usar armas químicas contra seu próprio povo, quando os grupos terroristas, manipulados pelos EUA já haviam sido derrotados em Guta Oriental, bem como em Alepo e Deir Ezzor graças ao Exército nacional sírio? Seria um tiro no pé. Assista.

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O que teria a ver a prisão de Lula com esse contexto? Não fosse a ditadura midiática da Globo, da Veja e seus sócios,  seria evidente que Lula é vítima do ataque do mesmo capital financeiro internacional, dos fundos abutres dos EUA, do novo Plano Condor na América Latina contra governos que pagaram a dívida externa ao FMI, fortaleceram o Estado nacional e popular e tiraram milhões da área da pobreza, abrindo um horizonte de soberania e integração dos povos.

No Brasil, o golpe midiático ainda não inventou os “terroristas do dito Estado Islâmico”, nem as “armas químicas”. A tática é ainda a da utilização do tema “corrupção”, “mensalão”, “Lava Jato”, com o mesmo método das acusações sem provas, porém com “convicções”, como as levantadas contra Bashar Al-Assad pelo uso de armas químicas. Aqui a estratégia é a do chamado “Law-fare”, da juristocracia, do poder judicial-midiático, sutil mas tão anticonstitucional e agressivo como uma intervenção militar.

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Eis o novo Plano Condor trazendo nas garras as bombas das chamadas “Reformas Previdenciárias e Trabalhistas”, demolindo as economias e instituições de Estado, para rapinar riquezas nas veias ainda abertas da América Latina. Alerta! Na Argentina e no Brasil, se está implantando uma crise social incontrolável. Vive-se já um estado de exceção e de guerra: desemprego em massa com repressão, escolas públicas sem comida para crianças, supressão de direitos humanos e, literalmente, desnutrição chegando até a classe média.

O povo sírio ao lado de Bashar Al-Assad leva 7 anos de resistência, consciente da grandeza revolucionária do seu país, graças à ajuda militar da Rússia, da China e do Irã. Na América Latina, não chegou-se a tempo de formar o Conselho de Defesa da Unasul, e o Banco do Sul; e agora, o poder Global, com apoio de Temer e Macri, ameaça desmantelar a Unasul (cujo mentor foi Lula da Silva) e deter a integração latino-americana ativada na década dos governos progressistas. Não é em vão que Lula Livre compromete-se no seu próximo governo a aprofundar as relações com o BRICs, Rússia e China em particular. Ainda bem que há heranças fundamentais no campo das comunicações internacionais como Telesul, a TV Russia Today, e HispanTV.  A mídia Global não permite que o povo brasileiro capte o impulso da vitória da Síria contra o bombardeio de Trump no 14 de abril. Mas, os povos não se rendem:  querem Síria Livre e Lula Livre! Toca aos comunicadores sociais, saltarem a barreira midiática, e  contribuir na organização da consciência popular, construindo meios alternativos e públicos para reforçar a Rede da Legalidade e por Lula Livre.

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