A burguesia fede mas tem dinheiro pra comprar perfume

Hoje falaremos sobre moda. Peço aos leitores e leitoras que antes observem por alguns segundos a imagem que estampa esse texto. Tal imagem foi cometida na ultima terça-feira (15) em New York City, por ocasião de uma premiação promovida pela Câmara do Comércio Brasil-EUA

João Doria e Sérgio Moro em evento em Nova Iorque
João Doria e Sérgio Moro em evento em Nova Iorque (Foto: Igor Santos)


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Hoje falaremos sobre moda. Peço aos leitores e leitoras que antes observem por alguns segundos a imagem que estampa esse texto. Tal imagem foi cometida na ultima terça-feira (15) em New York City, por ocasião de uma premiação promovida pela Câmara do Comércio Brasil-EUA. Podemos notar João Dória numa extremidade da foto e na outra extremidade Sérgio Moro. Ambos retratos da elite rural e citadina brasileira.

Homens infantilizados, um deles inclusive quando inquirido em um outro momento sobre seu tipo preferido de literatura, respondeu história em quadrinhos. Percebem o que digo?

Esse homideos que passaram boa parte de suas vidas custeados pelo erário de seus papais, são a prova basilar da farsa por trás do discurso meritocrático. Quem teve a infelicidade de ouvir Dória "falar" francês sabe o que digo, quem ouviu o inglês macarrônico de Sérgio Moro pode hastear a duvida quanto ao mérito e a veracidade a cerca dos cursos feitos por Moro nos EUA. Esses homens teriam a obrigação de empunhar algo daquilo que sua própria classe hasteia como sinônimo de civilização. Fracassam nisso, fracassam até mesmo na tarefa de mordomos do capital estrangeiros, não falam de maneira razoável o idioma de seus chefes.

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Mas falemos de moda um pouco, observem Sérgio Moro, envergando um black tie, com a classe de um fazendeiro do interior do Paraná. Sua postura corporal, confesso me deixou em duvida se ele estaria sendo premiado na Câmara do Comercio Brasil-EUA ou na quermesse do canal do boi. Notem o péssimo caimento do black-tie no juiz de primeira instancia.

Essa é a elite brasileira. Uma caricatura de péssimo gosto, sem estofo cultural ou modos. Modos instituídos pela classe que esses mesmos fazem parte. Homens adultos com vocabulário sofrível, herdeiros cuja vida boa e fácil, não foi o bastante para lhes capacitar. Civilização para esses é um arremedo de botox, miami, freeshop e quadros de Romero Brito. Servem para o que é secundário ao capital. Elite urbana e rural que se contentam com as migalhas do capitalismo, com o joio dos espólios.

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Não sabem nem ao menos se portar como a classe da qual fazem parte desde priscas eras. Outsiders, analfabetos de um abc que seus ancestrais criaram. Se o hábito faz o monge, bem eis um problema, o hábito não cai bem no monge. Queria ouvir o discurso de agradecimento de Sérgio, certamente uma pérola do idioma bretão que ele domina tão bem ou ao menos deveria dominar, visto sua frequência em universidades estadunidenses.

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