Com lucros bilionários, bancos propõem que categoria não tenha aumento real por quatro anos consecutivos

Após seis rodadas de negociação com os bancários, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta econômica somente com a reposição da inflação para os trabalhadores



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Após seis rodadas de negociação com os bancários, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta econômica somente com a reposição da inflação para os trabalhadores.

No balanço dos reajustes salariais do primeiro semestre deste ano, 78,8% das categorias tiveram reajuste acima da inflação. E a proporção de reajustes acima do INPC em 2018 foi maior do que em 2017 (2,8% e 5,0%, respectivamente). O setor mais lucrativo do país não pode tratar assim seus trabalhadores.

Enquanto oferecem zero de aumento real para os trabalhadores, cobram taxas de juros absurdas dos clientes, com cheque especial a 305% ao ano e 292% ao ano no rotativo do cartão de crédito. Lucraram R$ 80 bilhões em 2017 em plena crise econômica e fecham milhares de postos de trabalho e agências bancárias.

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A partir de 2012, pelos dados do CAGED, o saldo de empregos no setor tem sido sistematicamente negativo, acumulando 57.045 postos de trabalho a menos entre janeiro de 2012 e junho de 2018, o que representa uma redução de 11,5% na categoria neste período.

Além disso, a movimentação de admitidos e desligados no setor bancário tem impactos negativos na remuneração média e na massa salarial do setor. No primeiro semestre de 2018, por exemplo, o salário médio daqueles que entravam nos bancos correspondia a apenas 64% do salário médio daqueles que eram desligados.

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O período de redução do emprego bancário não foi caracterizado por uma redução no resultado das empresas do setor. Pelo contrário, o Lucro Líquido dos maiores bancos atuantes no país tiveram uma variação real positiva de 12% entre 2012 e 2017. E o volume de atividades das empresas também apresentou crescimento: a carteira de crédito cresceu 25% acima da inflação nesse período e o número de clientes com conta corrente e conta poupança apresentou alta de 9% e 31%, respectivamente.

Os bancários não aceitam retrocessos. Em assembleia lotada, trabalhadores rejeitaram a proposta dos banqueiros. Participaremos do Dia do Basta, nesta sexta-feira (10), contra a retirada de direitos. No dia 15 de agosto, os trabalhadores aprovaram em assembleia a participação nos protesto contra as resoluções 22 e 23 da CGPAR que aniquilam os planos de saúde de empresas públicas, e em defesa dos bancos públicos, em frente ao Ministério do Planejamento, em Brasília.

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No dia 17 de agosto estaremos reunidos com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Esperamos que os bancos tenham mais responsabilidade social e resolvam a Campanha na mesa de negociações. #TodosPorDireitos

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