Haddad e a avalanche lulista

"A vitória da civilização sobre a barbárie é uma perspectiva cada vez mais real. Isso, contudo, aumenta a necessidade de vigilância com a possibilidade de atentados do establishment para alterar o curso dos acontecimentos e fraudar a soberania popular", avalia o colunista do 247 Jeferson Miola; "Tudo indica, a essas alturas, que nem a maior das vilanias conseguirá deter a avalanche lulista que levará Haddad à Presidência do Brasil. O lulismo vencerá a barbárie. Se deixarão Haddad governar ou não, é outra história"

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A última pesquisa Ibope [24/9] demonstra claramente que Lula, mesmo em cárcere político, exerce influência transcendental na eleição. Além da expansão da força do lulismo na sociedade, o Ibope evidencia a estagnação da intenção de voto no antipetismo.

O poder de transferência de votos do Lula para o Haddad se processa na velocidade assombrosa de quase 600 mil votos ao dia.

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Na última pesquisa Ibope em que figurou, em 20/8, Lula tinha 37% das intenções de votos – cenário que prefigurava sua vitória já no primeiro turno. Naquela mesma pesquisa, quando simulado como candidato do PT, Haddad obteve 4% das intenções de voto, o que equivalia a 10,8% dos votos do Lula.

Dali em diante, quando então finalmente passou a ser apresentado como o substituto do Lula, Haddad vem tendo crescimento sustentável de quase 1% ao dia. Nesta última pesquisa, ele acabou por atingir 59,5% dos votos do Lula, conforme se observa no quadro:

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O crescimento exponencial do Haddad fatalmente produzirá o efeito do voto útil, fazendo com que Ciro, Marina, Alckmin ou fiquem estagnados ou percam votos para ele, que deverá magnetizar o sentimento de repulsa ao bolsonarismo.A transferência de votos para Haddad deverá se intensificar na reta final da campanha. Quando amealhar 80% dos votos do Lula, fato que deverá ocorrer nos próximos 5 dias, Haddad assumirá a liderança absoluta com mais de 30% das intenções totais de votos.

As intenções de votos nos principais candidatos do antipetismo [Bolsonaro, Alckmin, Marina], por outro lado, continuam estagnadas ao redor de 40%. Esse é um indicador de que os segmentos antipetistas, juntos e somados, perderão a eleição, porque na polarização entre Bolsonaro e Haddad, amplos contingentes de eleitores da Marina e do Alckmin deverão migrar para Haddad.

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A tendência, assim, é que Haddad termine o primeiro turno no primeiro lugar e em trajetória de alta, o que aumenta enormemente a perspectiva de sua vitória folgada no segundo turno contra o candidato fascista que possui teto eleitoral baixo e taxa de rejeição alta e ascendente.

A vitória da civilização sobre a barbárie é uma perspectiva cada vez mais real. Isso, contudo, aumenta a necessidade de vigilância com a possibilidade de atentados do establishment para alterar o curso dos acontecimentos e fraudar a soberania popular.

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A delação requentada do Palocci e a suposta entrevista com o autor do ataque a Bolsonaro a ser publicada às vésperas da eleição pela revista Veja, deixam cheiro disso no ar.

Tudo indica, a essas alturas, que nem a maior das vilanias conseguirá deter a avalanche lulista que levará Haddad à Presidência do Brasil. O lulismo vencerá a barbárie. Se deixarão Haddad governar ou não, é outra história.

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