Longo caminho a percorrer na educação

Há muito a ser feito na esfera educacional do país, principalmente no âmbito público. Grande parte dos governantes brasileiros não aprendeu com o sucesso de países como, por exemplo, o Japão e a Coréia do Sul, que investiram pesadamente em educação e hoje colhem os bons frutos dessa iniciativa. No Brasil continuamos negligenciando seu papel como fator de transformação social



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O péssimo nível da educação brasileira é a maior vergonha nacional. O pior é que não se vê ações públicas que possam servir de alento no sentido de começar a reverter o quadro. Os indicadores são tenebrosos e revelam que ainda temos um longo caminho a percorrer para nos tornarmos uma nação de primeiro mundo.

Um dado espantoso do Instituto Paulo Montenegro mostra que apenas 8% dos brasileiros têm plenas condições de compreender e se expressar por meio de letras e números. O restante são analfabetos funcionais ou têm nível de alfabetização apenas elementar ou intermediário.
Outro indicador de grande importância é o PISA (Programme for International Student Assessment), programa que avalia a cada três anos a qualidade da educação em vários países. O objetivo desse levantamento é mostrar como as escolas de cada país estão preparando seus jovens para o exercício da cidadania. Revela como as nações capacitam a juventude visando promover agentes responsáveis pela geração eficiente de riqueza e de promoção do bem estar social. O foco são as áreas de leitura, matemática e ciências. A edição de 2012 contou com 65 países e a situação do Brasil é vexatória. Ficamos em 58º em matemática, 55º em leitura e 59º em ciências.

Nas três áreas avaliadas pelo PISA o Brasil está abaixo da média dos países da OCDE. A maioria dos estudantes brasileiros tem apenas conhecimentos básicos em todas elas. Em matemática, por exemplo, 67% estão no nível 1 ou inferior, ou seja, são capazes de fazer apenas operações básicas e resolver problemas simples.

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Outro levantamento que mostra o descaso do Brasil com a educação refere-se ao Relatório de Capital Humano do Fórum Econômico Mundial. No índice geral o país está na 57ª colocação em um grupo com 122 países, classificação que é puxada para baixo por conta do 88º lugar no item educação, a pior posição entre as quatro áreas que compõem o indicador. Nações como Equador, Bolívia, Tailândia e Botsuana estão em posições melhores que a do Brasil.

Cumpre dizer que, a situação fica ainda mais dramática para o Brasil com o detalhamento do indicador de educação do relatório do Fórum Econômico. O país fica em 112º lugar na qualidade do ensino de matemática e ciências e na 109ª posição na qualidade das escolas de educação básica.

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A educação brasileira continua uma lástima. A falta de compromisso dos governantes com a promoção do setor é uma realidade cujo efeito é a contribuição para a proliferação da violência urbana, o desrespeito às normas mínimas de civilidade e o comprometimento da competitividade da produção nacional.

Há muito a ser feito na esfera educacional do país, principalmente no âmbito público. Grande parte dos governantes brasileiros não aprendeu com o sucesso de países como, por exemplo, o Japão e a Coréia do Sul, que investiram pesadamente em educação e hoje colhem os bons frutos dessa iniciativa. No Brasil continuamos negligenciando seu papel como fator de transformação social.

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